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Em péssima atuação, Palmeiras vence Athletico-PR em Curitiba

Apesar da primeira vitória no Brasileirão, alviverde sofre e não convence

Foto: Cesar Greco
Foto: Cesar Greco

O Palmeiras viajou a Curitiba para encarar o Athletico-PR na noite desta quarta (19) em jogo válido pela quarta rodada do Brasileirão 2020. E a jornada foi digna de horror com um final feliz. O 1 a 0 no placar disfarça bastante o destrato produzido contra o bonito campo da Arena da Baixada.

Foi um tutorial de como destruir todas as faces de um bom futebol. Com uma escalação que deixou Gabriel Menino atuando fora de lugar, feito um ponta, isolado e sem qualquer companhia, pela direita, nenhum jogador atuando pela região esquerda do meio campo, com Bruno Henrique e Patrick de Paula disputando o mesmo espaço e Luiz Adriano dialogando com ninguém, o time de Vanderlei foi à campo.

Time, inclusive, um termo hiperbólico e bondoso para a junção de jogadores que tentavam algo. Foram 45 minutos de um primeiro tempo que pode-se definir da seguinte forma, com os seguintes dados: nenhum chute, nenhum chute no gol, nenhuma chance criada, nenhuma ação de contra ataque, um cruzamento e nenhum escanteio.

A primeira ação ofensiva do arremedo alviverde foi no segundo tempo, com um esticão de Weverton que achou Rony, impedido, e o camisa 11 deu bonita bola pra Lucas Lima, um rasgo de carinho com o jogo, e o meia fez o gol. Logo anulado de forma correta pela arbitragem. Além disso e fora o horror visto, houve um ato de fé. E sorte.

Aos 48′, em um lance confuso e cheio de bate e rebate, a bola ficou para Raphael Veiga bater com desvio para vencer Santos e fazer, acredite e parece mentira, o gol da vitória. No último suspiro de um trabalho que está hospitalizado e em estado grave, um fecho de luz para seguir. Sabe-se lá como, mas há de seguir.

O trabalho deste Palmeiras tem problemas para compreender que o craque da modernidade é a organização, é o treino, é a tática. São movimentos coordenados que compõe o jogo. É, também, o respeito pelo modo de se praticar futebol, esse esporte que em nada se assemelha ao que faz o Palmeiras.

É uma vitória, mas uma vitória estranha.