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Especial BR-72 - é finalista! Palmeiras 1 x 1 Internacional

Especial BR-72 - é finalista! Palmeiras 1 x 1 Internacional

https://youtu.be/ZP8_Er898Ik

A melhor campanha na primeira fase definiu o mando no Pacaembu. E a vantagem do empate em 90 minutos no jogo único semifinal do BR-72. Partida disputada a tapas. Um dos jogos mais violentos e polêmicos do ano todo verde.

Brandão antes do jogo via evolução clara alviverde e favoritismo paulista. "Crescemos muito neste ano em que voltei ao clube. O Palmeiras de 1971 era um time mais lento. Não marcava tão bem como agora. Não chegava junto quando era necessário. Não sabia arriscar chutes de longa distância".

Parte disso se viu desde o início contra o forte Internacional de Dino Sani. Time que seria nos dois anos seguintes semifinalista do Brasileirão até conquistar os títulos de 1975 e 1976.

As duas equipes bateram demais. O zagueiro Pontes deu várias entradas duras em Leivinha. O goleiro Schneider fez três grandes defesas no primeiro tempo.

Foi o Inter que foi mais feliz no placar. Aos 25, Bráulio tocou para o volante Tovar arriscar da meia direita, de sem-pulo. A bola quicou na frente de Leão que aceitou. 1 a 0 Inter.

Os quase 50 mil palmeirenses no Pacaembu ficaram ainda mais nervosos. Brandão gritou demais para o sistema defensivo não se desorganizar como na derrota para o São Paulo por 2 a 0, na fase anterior.

Aos 46, bola na mão discutível do zagueiraço chileno Figueiroa dentro da área. Arnaldo César Coelho mandou seguir o jogo.

Dino trancou mais o Colorado com Carbone (treinador do Palmeiras em 1986) no lugar de Bráulio. Brandão também mudou o time no intervalo. Quis uma equipe mais agressiva com o atacante Fedato no lugar de Madurga. A torcida não gostou. O meia argentino estava bem na partida.

Para piorar, aos 22, Palmeiras pressionando mas não achando o gol, Dudu sentiu o joelho direito. Brandão ousou e apostou em Ronaldo no lugar do volante.

Era só Ademir da Guia mais atrás. Leivinha recuou um pouco para armar, com Edu e Nei abertos pelas pontas, Ronaldo e Fedato enfiados por dentro. Quase um 4-1-5.

Em três minutos deu tudo certo. E com o Divino também lá na frente: Edu cortou por dentro e bateu de canhota a bola que sobrou para Ademir da Guia dominar e chutar na trave esquerda de. A bola passou por trás do goleiro gaúcho até aparecer Nei e empatar, aos 25.

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FOTAÇA DE MANOEL MOTTA

Reclamação colorada. Dino diria depois que o "Inter merecia vencer porque fomos roubados no gol de empate. Ademir estava impedido no lance".

O assistente Rubens Maranho que deu a condição legal (que pelas imagens de TV não tem como precisar) quase foi agredido no final do clássico.

"Esse bandeirinha tá no esquema do Brandão! Ele e o Arnaldo. A CBD armou tudo para o Palmeiras. Eles jogaram as três partidas em casa".

No dia seguinte, o Inter protocolou um pedido de anulação da partida pela validação do gol discutível. Não deu certo no TJD.

No vestiário classificado, a análise era outra. Mais parecida com a da imprensa – e também com a de Figueiroa, que disse que o Palmeiras "mereceu vencer o jogo" (para irritação dos cartolas colorados): "o Palmeiras criou mais chances, jogou melhor e merecia vencer. Só não ganhou por minha causa, na falha do gol do Inter", disse Leão.

Schneider saiu com todos os prêmios de melhor em campo. Ele e Figueiroa, que deu pouco espaço a Leivinha. Nei foi o melhor palmeirense. Não apenas pelo gol, mas pelo que entortou o lateral Cláudio. "Estava perdendo muitos gols nos outros jogos e também perdendo a confiança. Esse gol veio na hora certo para mim e para todo o time que está de parabéns".

O Palmeiras faria a grande decisão contra o Botafogo, que eliminara o Corinthians também pela ajuda de péssima arbitragem. Pela melhor campanha, o Verdão jogaria em casa, também com a vantagem do empate.

PALMEIRAS 1 X 1 INTERNACIONAL
Campeonato Brasileiro/Fase Semifinal
Quarta-feira, 20/dezembro (noite)
Pacaembu
São Paulo (SP)
Juiz: Arnaldo César Coelho (RJ)
Renda: Cr$ 472 187
Público: 47 822
PALMEIRAS: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu (Ronaldo) e Ademir da Guia; Edu, Madurga (Fedato), Leivinha e Nei
Técnico: Oswaldo Brandão
Gols: Tovar 25 do 1º; Nei 25 do 2º