Era para ser apenas a apresentação do terceiro reforço para 1999, o zagueiro Rivarola, ex-Grêmio, que alugara o passe até dezembro. Mas o Palmeiras acertou (e como acertou!) o retorno do Matador Evair, que defendera o clube de 1991 a 1994, e fizera ótima temporada na Portuguesa em 1998.
O anúncio da contratação foi uma surpresa. Corinthians e São Paulo já haviam sondado o artilheiro. Felipão queria mais um centroavante. Jardel, Luizão e Christian eram inviáveis. Evair foi a solução.
Rivarola foi apresentado na sala de troféus do clube no final da manhã. Quando iria começar a entrevista depois das fotos, o diretor de futebol Sebastião Lapolla disse que, antes, tinha uma “surpresa” para a torcida. Era Evair.
– Meu procurador me telefonou pela manhã e disse para eu vir para o Palmeiras para ser apresentado. Foi uma surpresa e é uma alegria muito grande voltar para a minha casa.
(Evair alugou o passe até o final da Libertadores-99. Mas ficaria até o final do ano.)
O Real Madrid acabou aceitando os 7 milhões de dólares oferecidos pelo Palmeiras por Rodrigo Fabbri. Mas o Flamengo não queria liberar o meia. Ele tinha contrato de empréstimo até junho de 1999.
Velloso seguia sem renovar. O Palmeiras não ofereceu um salário maior. O volante Rogério também não chegara a um acerto. Os jogadores que pertenciam ao clube e não à cogestora Parmalat tinham um teto salarial. E Mustafá não abria o cofre para eles. Mais um dos motivos de atrito entre clube e a multinacional italiana, entre o presidente e o treinador.
Corinthians, rival na primeira fase da Libertadores-99, apresentava novo patrocinador. Batavo. Empresa de laticínios associada à Parmalat, que comprou 51% das ações por 150 milhões de reais. A multinacional italiana cogitava empestar o atacante Viola ao Corinthians. Ele estava empestado ao Santos.
A Batavo assinara contrato por dois anos com o Corinthians.