Felipão falou grosso, bateu o pé e no presidente do clube, e conseguiu evitar a contratação já acertada do goleiro Adinam, do União de Araras. Oficialmente, segundo o diretor do Palmeiras, Sebastião Lapolla (foto), não “houve acerto salarial” entre as partes – depois de realizados exames médicos…
Por mais que o Palmeiras estivesse jogando duro para renovar contratos (os de Velloso e Rogério foram prolongadom por apenas seis meses), muito difícil acreditar que questões “salariais” tivessem emperrado o negócio que Felipão não queria. Para ele, os goleiros em 1999 seriam Velloso, Marcos e Marcelo. Sérgio não deveria ser reaproveitado – e seria outro grande erro se as coisas não mudassem logo depois.
Felipão e o presidente Mustafá Contursi seguiam brigando publicamente. O treinador queria molhar o gramado do Palestra nos jogos para deixar a bola mais rápida e Mustafá vetava. Como também não deixou o Palmeiras jogar de branco na final da Mercosul-98, como pretendia Scolari.
A formação do elenco e novas contratações também atritavam o técnico com o presidente. Felipão só elogiava publicamente a Parmalat e batia sem dó e sem medo (e muitas vezes com razão) na direção do clube.
Era o ambiente cordial e equilibrado do futebol durante a semana de treinos em Serra Negra, depois de três derrotas feias com o time reserva no Rio-São Paulo-99.