Felipão não quis saber. Não deu muito descanso para os titulares que tiveram quatro jogos em oito dias, dois deles clássicos, dois no Paraguai, e três deles pela Libertadores. Na estreia do Paulistão de 1999, empate justo por 1 a 1 com o Santos. E as duas equipes jogaram com 10 desde o segundo minuto, depois de expulsão injusta de Viola e Roque Júnior. O Santos ainda perderia mais um expulso, Argel, aos 12 do segundo tempo.
O Santos de Emerson Leão partiu pra cima do Palmeiras sem Viola. Sacou o lateral Anderson Lima e atacou com o centroavante Rodrigão. Felipão recuou um dos três volantes para a zaga (Galeano), prendeu mais Tiago Silva com Rogério na cabeça da área, mas manteve o ataque com Paulo Nunes (numa seca de 12 jogos sem gols) e Oséas.
O Santos foi mais ousado e melhor e abriu o placar aos 39: Jorginho Cantinflas lançou Alessandro que encobriu Velloso em belo gol. Oséas quase empatou aos 47, de bicicleta. Zetti fez grande defesa.
Felipão tentou dar mais criatividade com Júnior pelo lado esquerdo. Mas o Santos seguia melhor até a justa expulsão de Argel, aos 12. Aos 27, Júnior Baiano empatou, pegando sobra de falta cobrada por Rogério. Foi o quinto gol dele em três jogos seguidos pelo Palmeiras.
O público anunciado foi de 40 mil pessoas. Mas apenas 7 mil foram ao estádio. A FPF criara um projeto de renda mínima que obrigava os clubes e inflar a renda.
Pelas circunstâncias anormais da partida, o Palmeiras fez o que dava. Mas a equipe ainda não inspirava muita confiança. Os poupados Cléber, Zinho e Alex voltariam na próxima semana, contra o Olimpia, no jogo de volta, pela Libertadores, primeira partida do returno da fase de grupos. César Sampaio seguia lesionado no tornozelo.