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ESPECIAL TAÇA BRASIL 1960: É campeão! Palmeiras 8 x 2 Fortaleza

O primeiro caneco nacional palmeirense foi conquistado com a maior goleada numa decisão de qualquer competição no Brasil

Reprodução de charge do jornal O Esporte
Reprodução de charge do jornal O Esporte

O primeiro caneco nacional palmeirense foi conquistado com a maior goleada numa decisão de qualquer competição no Brasil desde a primeira Taça Brasil de 1959: o 8 a 2 de 28 de dezembro de 1960 pela segunda TB ainda não foi superado. Como ainda nenhuma equipe superou o Palmeiras em conquistas nacionais.


Na ida, uma semana antes no Presidente Vargas, o Verdão de Osvaldo Brandão encaminhou a conquista vencendo por 3 a 1 o campeão da Zona Norte do torneio. Em menos de 20 minutos já estava 3 a 0 para o campeão ´paulista de 1959. E seria ainda mais tranquilo e fácil no Pacaembu.
Tricolor cearense estava desfalcado de Zé Raimundo e Célio. O treinador Moésio fez o que podia para remontar a equipe. Aliás, fez muito mais: Moésio era ponta-de-lança e também treinador do Fortaleza, como seria por muitos anos depois.

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Segundo o jornal O GLOBO, foi um “fraquíssimo prélio”)…

Imagine se fosse bom.

O Fortaleza abriu o placar da Concha Acústica. Benedito tabelou com o ponta-esquerda Bececê (que havia acabado de ser comprado pelo Palmeiras) que tocou para Charuto fazer 1 a 0, aos 7 minutos. Aos 9 minutos, o volante Zequinha pegou um rebote e chutou forte para empatar. Aos 11, o armador Chinesinho abriu para o incansável ponta-esquerda Cruz cruzar e Chinesinho entrar livre para virar o placar. Mais dois minutos e Cruz fez ótima jogada pela esquerda, tocando para Julinho bater forte a bola que bateu ainda em Romeiro e entrou. Aos 21 minutos, mais um cruzamento de Cruz para Julinho chutar no canto esquerdo do goleiro cearense.


Em 20 minutos o Palmeiras fez três gols em Fortaleza. Em 21 minutos em São Paulo, foram quatro gols. O Tricolor do Pici diminuiu aos 43, em um chute longo de Charuto que Valdir aceitou.


Virou quatro e acabou oito. Parecia várzea. Mas foi mesmo uma vitória espetacular do Palmeiras.
Aos 9, Cruz, ponta de seleção argentina que veio do Independiente (único campeão ainda vivo em 2020), passou por dois e marcou o quinto gol. Aos 12, ele iria se superar, passando por três e marcando o sexto gol alviverde.
Aos 25, Chinesinho (melhor jogador do Palmeiras em 1960), recebeu de Humberto Tozzi e chutou de longe o goleiro cearense nem foi pra bola. Aos 33, Julinho chutou, Pedrinho deu rebote, e o artilheiro Humberto marcou o oitavo gol.


Na festa pela primeira Taça Brasil, o presidente da Federação Paulista (Mendonça Falcão) deu o troféu (que havia sido entregue pelo Bahia, campeão de 1959) ao presidente palmeirense Delfino Facchina. O dirigente então entregou a taça ao capitão Julinho Botelho para dar a segunda volta olímpica alviverde em 1960 – a primeira havia sido em 10 de janeiro, pelo Supercampeonato Paulista de 1959, conquistado na melhor de três contra o Santos de Pelé.


PALMEIRAS 8 X 2 FORTALEZA
Taça Brasil de 1960. Final. Jogo de volta.
Quarta-feira, 28 de dezembro (noite)
Pacaembu
Juiz: Ricardo Bonadies (CE)
Renda: Cr$ 2 900 650,00
Público estimado: 40 000

Gols: Charuto 7’/1T (0-1), Zequinha, 9’/1T (1-1), Chinesinho, 11’/1T (2-1), Romeiro, 12’/1T (3-1), Julinho, 21’/1T (4-1), Charuto 43’/1T (4-2), Cruz 9’/2T (5-2), Cruz, 11’/2T (6-2), Chinesinho, 25’/2T (7-2) e Humberto, 33’/2T (8-2)


PALMEIRAS: Valdir; Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Jorge;
Zequinha e Chinesinho; Julinho, Romeiro, Humberto e Cruz. Técnico: Osvaldo Brandão


FORTALEZA: Pedrinho; Mesquita e Sanatiel, Sapenha e Ninoso; Toinho e Charuto; Benedito, Walter Vieira, Moésio e Bececê. Técnico: Moésio

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