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Eu nunca sofri tanto: Palmeiras 0 x 2 River Plate

(Foto: Cesar Greco)
(Foto: Cesar Greco)

O VAR que não existia na final de 2000 e sobretudo na semifinal de 2001, contra o mesmo Boca Juniors, e desta vez foi mais palmeirense que a equipa de Abel que quase foi eliminada no Allianz Parque pelo grande time da década na América: o River que é de Gallardo desde 2014. E que foi muito mais time na volta que quase foi remontada histórica.

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Mas se duas quedas verdes para o Boca há mais de 20 anos também se creditam à desacreditada arbitragem da Conmebol, desta vez não houve apito muy amigo a favor da equipe de melhor campanha em 2020: na origem da jogada do lance anulado do terceiro gol argentino (aos 6 do segundo tempo, bem anotado por Montiel) havia impedimento que só o VAR para ver depois; no pênalti cancelado pelo VAR de Alan é o atacante millonario que dobra as pernas e se projeta cavando o pênalti que eu não marcaria, aos 29 finais; no segundo pênalti revisado pelo VAR de Kuscevic aos 53, há um impedimento que a cabine só viu depois de o árbitro ter sido chamado para rever o lance no gramado. O lance já era irregular antes da falta discutível.

Como o segundo amarelo de Rojas foi justo aos 28 finais (embora parecesse que mesmo assim o River tinha 10 jogadores a mais que o assustado Palmeiras), o VAR (corretamente) foi quem mais ajudou um time que pediu para ser eliminado de modo antológico. Mas que chega à quinta final de sua história coberto de méritos por eliminar quem eliminou. Pelo saldo conquistado na ida. E quase perdido na volta de perder o rumo de casa.

Claro que a ausência de torcida leva a isso. Tanto à vitória espetacular como visitante quanto a uma das mais sofridas derrotas da história palmeirense como mandante. Quase levando o time a ser o primeiro dono da casa desde 1989 a ser eliminado depois de um 3 a como visitante.

A sorte seguiu tabelando com o Palmeiras na Liberta. Não foi por soberba que o time jogou muito mal contra um River que voltou a jogar bem demais. Foi paúra mesmo depois de levar o gol de Rojas aos 28. Um escanteio que Gómez não alcançou quando Scarpa largou um dos três zagueiros do River, no 3-3-2-2 que deu muito certo no Allianz. O que então era até equilíbrio desde a ótima chance de Rony negada por Armani, aos 9, virou um aluvião do River. Nacho Fernández deitou às costas dos três volantes verdes, De la Cruz deu dinâmica pelos dois lados, e o Palmeiras foi se perdendo e rezando pelo intervalo até levar o segundo gol, quando toda a defesa viu Borré ampliar. Quando o Palmeiras já havia perdido o lesionado Gómez.

Na volta do intervalo, os alas Angileri e Montiel fizeram o terceiro gol – bem anulado. Foi a boa nova alviverde depois de parecer que havia caído o Allianz Parque e que seria mais do que três. Mas não era alegria o sentimento em campo e fora dele. Só alívio. As mexidas de Abel não surtiram efeito. Nenhuma chance mais foi criada. Foram duas no primeiro tempo e só. O River empilhou oportunidade: foram 12, quatro negadas por Weverton em noite de Marcão. Mais os lances polêmicos. E a sensação de que eram 20 do River contra 4 sub-5 do finalista.

O que foi Palmeiras o Verdão em Avellaneda foi uma avalanche do River no Allianz Parque. Os corretos 9 minutos que viraram 12 de acréscimo ainda parecem que não acabaram nessa terça que ninguém dormiu.

O Palmeiras está na sua quinta e mais inesperada decisão de Libertadores (mesmo perdendo só agora a invencibilidade). Mas ainda o torcedor não consegue celebrar de medo que ainda o River possa empatar.

Como disse São Marcos em impagável live no seu Instagram papeando com o paredão Weverton durante o exame antidoping, “hoje o exame não seria pela urina”.

É isso.

Em 54 anos de Palmeiras e 30 de jornalismo esportivo, não sofri tanto com 90 minutos que ainda não acabaram.

Quem sabe apenas começaram.

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