O homem que tirou o Palmeiras da fila em 12 de Junho de 1993 também teve um início complicado no alviverde, situação parecida com a de Miguel Borja.
O próprio Evair faz questão de admitir que o seu desempenho nos primeiros 50 jogos com a 9 do Palmeiras foram idênticos ao de Borja.
Evair chegou ao Palmeiras em junho de 1991 e foi muito contestado antes mesmo de estrear, por conta de uma hérnia de disco que o incomodava. Os números no começo de sua trajetória no clube foram bem parecidos com os de Borja.
Nos primeiros 50 jogos com a camisa alviverde, Evair teve 24 vitórias, 13 empates e 13 derrotas, marcando 18 gols, enquanto Borja completou 50 partidas diante do Linense, possui 30 vitórias, 9 empates e 11 derrotas, com 15 gols marcados.
Abre aspas para o eterno Matador. “A comparação é justa, não tem como mentir. Logicamente eram outros tempos e, talvez pra mim, era até mais fácil me adaptar ao Brasil do que o Borja”, disse Evair, depois de três anos na Atalanta, na Itália.
O Matador pediu paciência à torcida e afirmou que acredita na recuperação do colombiano: “A cobrança existe, na minha época era até maior devido a questão da fila. São situações diferentes mas que se tornam iguais nos números. Ele teve um início complicado, mas vem ajudando muito, jogando mais pro time, isso demonstra que ele tem capacidade para estar no Palmeiras sim”, finalizou Evair.
Com os dois gols contra o Linense, Borja se tornou artilheiro do Paulistão 2018 ao lado de Bruno Moraes do Botafogo com 5 gols.
Pela primeira vez o colombiano marcou em três jogos seguidos com a camisa do Palmeiras, mas a sua disciplina tática também vem chamando atenção.
Em entrevista coletiva após o jogo, Borja afirmou que Deus colocou Roger Machado em sua vida. Como ele ajudou a encaminhar Evair para o Palmeiras em 1991 e o reencaminhar em agosto de 1992, depois de ter sido afastado da equipe por seis meses pelo treinador Nelsinho Baptista.