Dudu subiu com a impulsão que velocistas como ele tem, aos 29 do segundo tempo menos bem jogado do que o equilibrado primeiro – pelos méritos do perigoso ataque do Bahia. Cabeceou o baixinho com a técnica e tempo de bola que grandes atacantes como ele tem no belo cruzamento de Mayke. Marcou o gol que o Palmeiras mereceu nas 10 chances criadas contra as 6 do Bahia. A partida do retorno de Felipão com mais futebol gerado. Ainda que longe do que pode e do que é preciso.
Mas já com aquele jeito que a gente sabe. Com aquele gene que ele sabe perpetuar. Faz 1 a 0 e se planta como
aipim até o fim. O que poderiam ser 11 Lucas Limas viram 11 Thiagos Santos. Pernadas na bola e as pernadas despropositadas de Felipe Melo nas pernas alheias. Um sufoco só do rival.
Mas não pra nós. Não sofremos quando atacados. Sofremos para atacar. Mas quando acossados, saímos como se estivéssemos abraçados defendendo nossa meta como se fosse única. Como se fôssemos milhões.
Foi assim de novo no molhado Pacaembu com ótimo público para o horário e para a chuva. A torcida apoiou o time como a equipe parece apoiada pelo astral de Scolari. Não é mais o jogo apoiado que tanto se fala e nem sempre se vê. É uma equipe que mesmo quando pressionada consegue desanuviar esse sentimento.
Como? Pergunte a Felipão. Eu não entendo como ele faz. Só sei que de um jeito ou de outro sem jeito dá certo.