“O futebol está passando por mudanças e o Palmeiras precisa acompanhar essas mudanças“.
A declaração de Maurício Galiotte após a demissão de Mano Menezes ganhou ares folclóricos com a opção por Vanderlei Luxemburgo no início de 2020. Afinal, o que deseja o Palmeiras com as tais mudanças?
Conceitos modernos, jogo ofensivo e aproveitamento da base. São esses os três pilares que pautam a busca pelo novo técnico no Alviverde após dez meses do mais devastador deserto de ideias.
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Não por acaso, Miguel Ángel Ramírez era tido como plano A, B e C da diretoria. A figura do jovem espanhol inspira segurança. Calmo, estudado, ortodoxo e vencedor. Com um bom elenco e tempo para trabalhar, a impressão é de que os resultados invariavelmente viriam.
Ao optar por não interromper seu trabalho no futebol equatoriano – e talvez por não sentir convicção nos dirigentes palestrinos -, Ramírez não virá. O óbvio, tido como certo de forma consensual, fechou a porta abruptamente.
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Com a frustração por mais um fracasso, quem poderia ser o próximo alvo? Gabriel Heinze atende a todos os requisitos. Embora tenha o perfil pessoal quase antagônico, sua forma de pensar futebol se assemelha muito com a de Ramírez. Jogo posicional, amplitude e tudo que há de mais moderno pra quem gosta de um tatiquês.
El Gringo é desde o começo o favorito da torcida. Chegaria para colocar fogo e chacoalhar um vestiário que não parece ter a fome de conquistas que se espera. Sanguíneo, intenso, de personalidade fortíssima e ascendência italiana. Como o Palmeiras.
Seria um choque e daria muito certo ou muito errado, mas o palmeirense não aguenta mais errar por omissão. Um milhão de vezes um Heinze antes de tantos Luxemburgos disponíveis no mercado. Arrisquemos! O argentino seria a próxima opção correta e natural para uma gestão que indica que custará muito a cometer esse acerto.
Ramírez era o caminho certo por linhas mais certas ainda. Parecia perfeito demais pra ser verdade. Heinze pode ser o caminho certo por linhas tortas.
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