Escrevi há quase um ano, no primeiro de setembro de 2016:
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“Parecia que desacostumados aos 2.800 de altitude eram os equatorianos. Não apenas por ficarem com Paredes a menos aos 30, quando já perdiam por 1 a 0 para o Brasil. Mas por não se aguentarem em pé no final. E muito menos depois do gol de calcanhar de Gabriel Jesus. Menino que está entre nós. E desatou os nós com outro belo gol do artilheiro que está mesmo sendo.
Renascido como esse Brasil que estreou como gente grande esse menino. Seleção que se saiu muito melhor que a encomenda do também estreante Tite.
Brasil que veio com o time anunciado e esperado. Não no 4-1-2-3 escalado pelo treinador na entrevista. Mas pelo 4-1-4-1 aguardado. Casemiro muito bem à frente da zaga competente. Willian discreto pela direita, Paulinho razoável por dentro, Renato Augusto muito bem pela esquerda, e Neymar por demais preso à esquerda no início.
No segundo tempo, o craque rodou mais. Gabriel Jesus se soltou ainda mais, acossou a saída de bola rival. Coutinho entrou muito bem, caindo por dentro, dando o corredor a Daniel Alves que seguiu a cartilha da amplitude do Barcelona. Do lado esquerdo, Marcelo derivou por dentro, e deu outro volume ao ótimo segundo tempo brasileiro. O melhor em todas as Eliminatórias.
Seria assim com Dunga? Provável que não. Será assim com Tite? Provável que sim. Mas é tudo muito cedo e rápido. E que seja longo e feliz como nos ajudaram os estreantes Jesus e Tite. Vitória espetacular em jogo de Eliminatórias fora de casa.
E que centroavante de 19 anos estreia marcando dois golaços em jogo desse peso?
Eles estão entre nós”.
E continuam. O time que joga hoje à noite em Porto Alegre é merecidamente o mesmo de Quito, em 2016. Só não é titular P.Coutinho, ainda sem ritmo. Mas o time é esse. E também poderia ser com Vanderlei ou Ederson ou Cássio ou Diego Alves na meta.
Do nosso lado, não fosse a lesão, Moisés provavelmente teria tido a chance que ainda merece. Como Gabriel Jesus não se discute com a 9.
A base está pronta para a Rússia. Mas, Tite, não esqueça: nos cinco canecos, pelo menos um palmeirense entre os convocados.
Moisés segue vivo por um lugar entre os 23.
