O decacampeão também é Gómez. Foi o melhor zagueiro do clube no BR-18. Abriu o placar no Morumbi, fechou a zaga, bateu pênalti, e fez tudo isso chegando no meio do campeonato. Vindo da Europa. Do Milan.
E ainda assim com gente e a nossa própria desconfiando. Legítimo. Mas não malhando como se ele fosse o Felipão voltando. E isso não se fala.
A dupla que fez com o redivivo Luan foi acima da expectativa. Silenciou cornetas do aporcalipse e deu a segurança que o futebol e o Palmeiras não conseguem nos dar. Quando atacados, me sentia como se fosse Felipão em campo em 1999 e 2018. Não tem explicação para quem não é. Não precisa pra quem é preciso.
Gómez rebate. Isso não se debate. Gómez zagueira. Isso é muito defensável. Para o futebol de hoje (que não é dos sonhos), ele não nos dá pesadelos. Podemos dormir o sono dos juntos. Contando canequinhos e porquinhos.
Com ele, com Luan, com o campeoníssimo e craque de caráter Edu Dracena, com Antonio Carlos que me fez chorar com o que disse no trio elétrico de tão bonito, bacana, humilde e sincero, sei que quando eu conseguir dormir nesta madrugada campeã eu acordarei seguro como nosso time decacampeão.