O Palmeiras conheceu na quarta-feira (20) o seu grupo da próxima edição da Copa Libertadores da América. O reencontro tão esperado contra o Boca Juniors foi confirmado, o que agitou a torcida nas redes sociais. Analisamos tanto o Boca quanto o Allianza Lima do Peru, para te trazer o maior número de informações sobre os adversários do alviverde em 2018.
O Verdão caiu em um dos grupos mais difíceis da Libertadores, e aqui vamos te explicar o porquê:
Boca Juniors: Dispensa comentários. O segundo maior campeão da Libertadores da América, com 6 conquistas, vem muito forte para a competição após ficar fora da edição de 2017. Os xeneizes possuem um forte elenco com até mais de duas reposições a altura no banco de reservas e prometem se reforçar ainda mais. Comandado por Guillermo Barros Schelotto, ex-atacante que inclusive fazia parte do elenco do Boca que travou grandes duelos com o Palmeiras entre 2000 e 2001, o Boca tem como maiores destaques do elenco, o atacante Dário Benedetto e o lendário volante Fernando Gago, porém os dois atletas se recuperam de graves lesões no joelho. Um fato curioso é que o zagueiro titular do Boca é Nahtán Nandez, um dos 3 jogadores suspensos do Peñarol por conta da emboscada no Uruguai neste ano. O Palmeiras protagonizou a maior goleada sofrida pelos Xeneizes na história da Libertadores. Em 1994, o time de Luxemburgo goleou o Boca por 6 a 1 no Parque Antártica. Em 2000 após dois empates polêmicos, o Palmeiras ficou com o vice da Libertadores para o Boca. No outro ano, mais uma vez após dois empates desta vez muito mais polêmico, o Verdão parou nas semifinais para o Boca, novamente nos pênaltis. O clube mais popular da Argentina foi o último visitante a jogar no antigo Palestra Itália. Jogo recheado de história, rivalidade e tradição!
Allianza Lima: Um gigante do futebol peruano que estava adormecido. A equipe que não ganhava um título nacional desde 2006 acabou com a espera com um título incontestável nesta temporada. Com apenas 3 derrotas na campanha, os peruanos garantiram o título e a vaga na Libertadores. O time joga um futebol bonito em sua casa, mas costuma se retrancar fora. Então devemos ter uma grande retranca dos peruanos no Allianz Parque. O Allianza Lima fez uma revolução em sua filosofia de trabalho após sofrer com a seca de taças. A maioria dos jogadores que se destacaram neste ano vieram das categorias de base do clube. Mesmo antes do sorteio a diretoria do clube peruano já havia começado o planejamento para a Libertadores, que será o foco principal dos peruanos para o ano que vem. 14 atletas já saíram e 16 chegaram, mas a base do time foi mantida. O clube manda os seus jogos no Estádio Macuchi, com capacidade para 34 mil pessoas, a arena sempre fica completamente lotada e o Allianza possui um retrospecto favorável jogando com a pressão de sua torcida. É o time que possui mais títulos do futebol Peruano e também o mais popular do país andino.
Vencedor da chave 4: De todos os grupos da Libertadores, o quarto disputante deste grupo 8 pode transformá-lo no grupo da morte. O Carabobo da Venezuela tem feito um trabalho interessante na base. A crise econômica no país tem feito com que a maioria dos clubes invista cada vez mais nas canteiras. O Júnior de Barranquilla fez uma ótima Sulamericana e tem um grande projeto de investimento para tentar entrar na Libertadores. Também temos o Olímpia que é um tricampeão da América e está fazendo um grande trabalho para tentar tomar novamente a hegemonia do futebol paraguaio. Caso Júnior Barranquilla ou Olímpia adentrem ao grupo após a primeira fase do torneio, com certeza o Palmeiras terá o compromisso mais difícil entre os brasileiros na fase de grupos.
As datas e os horários dos jogos ainda não foram confirmados pela Conmebol, mas a ordem dos jogos do Palmeiras já estão definidos. Será a seguinte:
G4 X Palmeiras
Palmeiras x Allianza Lima
Palmeiras x Boca Juniors
Boca Juniors x Palmeiras
Allianza Lima x Palmeiras
Palmeiras x G4
Contribuiu: Joza Novalis, editor do site Futebol Portenho e especialista em futebol da América Latina.