Eu não esperava nada além de um empate sem gols e sem futebol no Choque-Rei do badalado Palmeiras abalado contra um São Paulo nada avalizado e pouco validado. Jogo chocho. Para 0 x 0.
Eu continuo sem saber nada. Ainda mais da história de gigantes que se reerguem como Pratto também irá se levantar e continuar sua carreira depois do susto que deu no Allianz Parque, aos 21 minutos. Quando bateu a cabeça no joelho de Hernanes e saiu para o hospital. Depois de nove minutos do passe que deu no primeiro gol de Marcos Guilherme. Quando o único passe certo de Sidão virou mais uma falha estrutural e individual da zaga palmeirense.
Dorival Júnior recuou ainda mais o seu 4-1-4-1. O 4-3-3 melhor trabalhado que em outros jogos de Cuca foi criando alguns lances e aproximações. Aos 35 empatou com Willian em falha de Edimar (depois de bom lance de Michel Bastos e de toda a zaga parada são-paulina estática como Sidão), e aos 38 virou, em belíssima virada com mais um gol de seu artilheiro. Vantagem que tentou ampliar até 51, quando Hernanes, que já havia feito grande lance que explodiu no travessão, desta vez empatou, quando Dracena não subiu, e Jean deu mole.
Um grande primeiro tempo de muitos acertos e alguns erros letais. Uma segunda etapa que acabou do mesmo nível. O São Paulo até retornou mais equilibrado. Dorival voltou a ter 11 com a entrada de Lucas Fernandes no lugar de Cueva. O Tricolor era mais perigoso no contragolpe. Mas Cuca voltou a acertar a mão nas mudanças. Inverteu os lados dos zagueiros. Luan vai melhor pela direita. O treinador ousou e mudou o 4-3-3 para o 4-2-3-1, com Moisés e Tchê Tchê de novo fazendo melhor sem a bola e também com. Willian e Keno pelos lados, Guerra centralizado, e Deyverson na frente.
Keno ganhou quase todas de Buffarini pela esquerda do ataque verde. O São Paulo respondia no contra-ataque até Marcos Guilherme ser fominha e perder a bola que acabaria no belo gol de Keno, no único bom lance de Deyverson, aos 33. Quando Cuca já havia modificado de novo, com Hyoran à frente no repaginado 4-4-2. Meia-atacante que acabou aproveitando o último ataque armado por Willian para ampliar, aos 47. Quando Cuca reequilibrara o time com Thiago Santos contra um São Paulo ainda no Z4. E sofrendo até o final.
Não deve ser a Arrancada Heroica palestrina-palmeirense de 1942. Mas não teve como o Alviverde inteiro não recordar o momento histórico de 75 anos de glórias, e 103 de paixão.