Willian perdeu um dos três gols mais feitos que já vi do Palmeiras. Depois eu lembro os outros dois. E ainda assim o time teve ótimo desempenho dentro da área. Melhor do que em outros trechos e terços do campo na ótima vitória. Em mais uma ótima exibição de Borja – e não só pelo gol.
Futebol também é aproveitamento. O que fez o Palmeiras na primeira etapa no embalo da noite de sábado. Teve cinco chances e marcou quatro gols. O Bahia chegou quatro e nada fez a não ser uma bolada na trave de Jailson logo depois do gol inicial de Willian, aos 3, em bela enfiada de Keno como se fosse Lucas Lima para Borja arrancar como se fosse Keno e dar boa assistência ao companheiro.
Aos 32, Antonio Carlos fez mais um gol de Borja, aproveitando passe de Marcos Rocha depois de bom toque de Lucas Lima, beneficiado pela defesa do Bahia que não se tocava. E nem perto de Borja chegou aos 41, quando ele escapou na sua melhor maneira (a diagonal curta de Roger) e fuzilou o bom goleiro Douglas, em mais um toque de classe de Lucas Lima.
O Bahia talvez não merecesse levar tantos gols. O Palmeiras talvez não merecesse tamanha diferença pelo que fez nos 45 minutos.
Na segunda etapa, o Bahia veio pra cima mas pouco fez. Borja seguiu lutando e foi reconhecido merecidamente pelo esforço quando substituído. Administrou o jogo e sofreu pressão no final, com mais uma bola no travessão.
Mas nada foi maior que a infelicidade de Willian que, sem goleiro, perdeu um gol de Deivid contra Prass. Talvez o gol mais feito do Allianz Parque se transformou no mais perdido desde 2014.
O que não compromete mais uma boa partida dele. E mais uma opção de escalação pra Roger: Willian, Borja e Keno na frente. Com Lucas Lima fazendo partida de qualidade que há meses não fazia.
No final, as equipes tiveram as mesmas chances. Mas o aproveitamento foi do nível do elenco que Roger tem. E pode e deve jogar mais do que tem feito.