Próximo de completar três meses como presidente do Palmeiras, Leila Pereira tem vivido muitos desafios neste início de trajetória à frente do Verdão. Desde que assumiu o cargo, em 15 de dezembro de 2021, Leila tem lidado diariamente com a pressão pela contratação, por exemplo, de um camisa 9 para o Alviverde. Em entrevista ao jornal O Globo, a presidente falou sobre essa situação.
– Eu administro o clube profissionalmente, como se fosse uma empresa. Eu tomei posse no dia 15 de dezembro. Aí começaram a pressionar violentamente para contratação de jogadores. Óbvio, isso faz parte do negócio, não tem problema… Eu também quero os melhores jogadores para o Palmeiras. Mas, às vezes, por experiência profissional, sei que nem tudo que eu quero é possível. Nós temos uma base extremamente forte e vou continuar dando a oportunidade aos nossos meninos na base.
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Sem titubear, ela contou que não se arrepende em momento algum de ter se envolvido com a política palestrina e por ter assumido o cargo máximo do Palmeiras. Pelo contrário, destacou que quer gravar seu nome na história da instituição e rechaçou qualquer possibilidade de viver uma vida mais tranquila desfrutando de sua condição financeira.
– Eu poderia muito bem estar no meu apartamento em Nova York ou Beverlly Hills, com a vida tranquila. Nada disso. Eu sei que as pessoas me respeitam pelo meu trabalho, por quem eu sou. Muitas pessoas me falaram: “Leila, você está louca? Vai encarar ser presidente do Palmeiras, vai acabar com a sua paz”. Mas eu não quero paz. Eu sei que posso colaborar com o Palmeiras, com o futebol brasileiro através do Palmeiras. Se eu continuasse com a minha vida normal, eu ia passar essa vida em brancas nuvens. Mas quando eu sair do Palmeiras, daqui a 30, 40, 50, 100 anos, as nossas netas, bisnetas, tataranetas vão dizer: “Existiu uma mulher na história do Palmeiras que fez a diferença”. O Palmeiras vai eternizar o meu nome pelo trabalho que eu fiz, pela minha dedicação. Deu cor à minha vida. O dinheiro é importante, óbvio que é, mas sozinho não é importante. Hoje, depois que eu passar dessa vida, querendo ou não, eu estou na história do Palmeiras.
Leila contou que cresceu em uma família vascaína, mas que não torcia por nenhum clube até conhecer seu marido, José Roberto Lamacchia. Foi ao lado dele que a paixão pelo futebol nasceu e o amor pelo Palmeiras floresceu. A presidente também afirmou ter boa relação com torcedores de todos os clubes e muitos fazem pedidos a ela.
– Me tornei palmeirense. Mas olha: tenho profundo respeito pelo torcedor do Vasco. Tenho por todos os torcedores. Tanto é que muitos, de clubes rivais, em qualquer lugar que eu vá, me abordam e me falam que gostariam de ter uma pessoa como eu no seu clube. Todos me pedem para colaborar com o seu clube. Eu gostaria que o exemplo de sucesso das nossas empresas, parceiras do Palmeiras, servissem de exemplo para que outras empresas também investissem no futebol.
Neste dia 8 de março, que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, Leila também falou sobre como estar em um cargo com tamanha importância e responsabilidade pode ser fundamental para inspirar jovens a alcançar sonhos e atingir objetivos.
– Eu costumo pegar as meninas sócias do clube e falar: ‘Olha você também pode ser presidente do Palmeiras como a Tia Leila. É só estudar, trabalhar bastante, saber o que quer. Isso é muito bacana. Tenho certeza absoluta que estamos extremamente felizes e representadas por toda essa construção. Por mais que batam e critiquem, eu fico cada vez mais forte mais.
Leila Pereira assumiu o Palmeiras em dezembro de 2021. A empresária sucedeu Mauricio Galiotte na posição de presidente do clube.
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