O Palmeiras curtia o quase nada de férias a que tinha direito no calendário maluco de 1999, com perspectiva de atuar quase 100 vezes na temporada com Rio-São Paulo, Paulista, Copa do Brasil, Libertadores, Brasileiro, Mercosul e, se tudo desse certo (como daria), Mundial de Clubes no final do ano, no Japão.
O grande rival na temporada seria o Corinthians. Havia a possibilidade de as equipes se enfrentarem até 20 vezes (?!) na temporada.
Os dois rivais não só se enfrentariam na fase de grupos da Libertadores-99 como ainda tinham o mesmo desejo-obsessão: a Libertadores. Projeto da Parmalat desde que entrara no clube, em 1992, e que escapara em 1994 e 1995 de modo dolorido, diante de rivais brasileiros (São Paulo, vice em 1994), e Grêmio (campeão de 1995).
Não por acaso, desde junho de 1997, o treinador para a tarefa alviverde era o mesmo Luiz Felipe Scolari. Campeão da Copa do Brasil de 1998 e da Mercosul-98 pelo Verdão.
Comandante dos sonhos palmeirenses em 1999.
Ele agradeceu ao entendimento do palmeirense na decisão da Mercosul-98 contra o Cruzeiro, em 29 de dezembro(!?): “ele entendeu que é assim que se ganha esse tipo de torneio. Gritando o tempo todo”. O recado era para a “turma do amendoim”, termo que ele acabara de criar. Corneteiros que contestavam muito o estilo mais competitivo e copeiro de Felipão.
Para 1999, o técnico palmeirense queria um volante em campo com características de líder. “Um como Dunga”.
Ele já tinha à disposição o primeiro reforço contratado ainda em 1998. O meia-atacante Jackson (FOTO DO UOL), que vinha do Sport, com passagem pela seleção de Luxemburgo em duas convocações depois da Copa da França. O treinador agora era só da CBF. Deixava o Corinthians para o auxiliar assumir: Oswaldo de Oliveira, em sua primeira experiência como treinador principal.