José Ezequiel, guardião histórico palestrino como se fosse Oberdan ou o Raul Marcel que ele tanto defende, conta que Luzia todos os dias ia ao velho salão de troféus do Palestra depositar flores no altar de Nossa Senhora Aparecida.
Ela não apenas cuidava da padroeira do Brasil. Ela era a própria padroeira do Palmeiras. Provável que eu a tenha visto em jogos, treinos, festas, eventos e tudo mais no Palestra mais do que Ademir da Guia e Marcos jogaram por lá. E com a mesma paixão e entrega.
Luzia partiu neste período de quarentena. Não sei os motivos. Força e luz à família, aos amigos e aos palestinos como ela. Ou, no caso, todos nós menos do que ela.
Tenho certeza que um dos motivos que o levaram a reencontrar ídolos palestrinos foi ela ter ficado tanto tempo longe do clube. Não só do time. Mas das alamedas como a da foto. Ela na das seis estátuas. A dos seis ídolos de milhões. Poucos, insisto, tão palestrinos. Tão palmeirenses.
Tão Luzia. Tanto que luzia.