Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação
Na noite da última quarta-feira, o Palmeiras tinha um dos grandes testes sob o comando do técnico Mano Menezes, e acabou não sendo aprovado. O Verdão foi massacrado pelo Santos na Vila Belmiro e viu a derrota por 2 a 0 ainda ficar barata.
Após o jogo, o técnico Mano Menezes, em entrevista coletiva, tentou explicar o que não funcionou no clássico.
Para o treinador, em vários quesitos o Palmeiras deixou a desejar, mas não em termos de intensidade. Mano viu tanto o seu time quanto o Peixe jogando com a mesma intensidade e explicou o que foi tão diferente entre os times:
"Não vi diferença em termos de intensidade de jogo das duas equipes. Se pegarmos os números, aqueles que mostram sprint, corrida, quilometragem percorrida, vocês vão ver que a equipe estiveram próximas. Mas futebol não é só correr. Quando você não faz bem estrategicamente e taticamente, você corre até mais que o adversário, mas não parece para quem está olhando de fora. Não faltou esse espírito ao Palmeiras, faltaram outros detalhes importantes."
Agora, Mano terá pouco tempo para pensar no próximo duelo pelo Palmeiras, que será contra o Botafogo no Pacaembu no próximo sábado, novamente pelo Brasileirão.
Caso o Flamengo vença nesta quinta o Atlético-MG, abrirá 8 pontos do Verdão na liderança da Série A.
Confira outros trechos da entrevista:
Campeonato em aberto
Eu não vejo o campeonato decidido independentemente do que vier a acontecer amanhã. Até penso que, se tivermos mais candidatos disputando com o Flamengo, estrategicamente, pode ser melhor
Jogo abaixo
Não fizemos um bom jogo. Sabíamos a dificuldade do jogo, a qualidade do jogo que o Santos propõe, principalmente em casa. Mas em uma avaliação rápida, já falei isso no intervalo para os jogadores, a gente não soube, tacitamente, estrategicamente, fazer o correto na primeira parte do jogo. A ideia do Santos é atrair o adversário para jogar entre as linhas, e nos deixamos atrair por essa estratégia, com muita facilidade na primeira parte do jogo. Muitas vezes, talvez mais do que cinco na primeira etapa, tínhamos um jogador nosso apertando o goleiro do Santos. Na estratégia que eles jogam, você ir apertar o goleiro, certamente vai dar, em algum lugar do campo, uma facilidade na distância de encaixe de marcação. Foi isso que aconteceu. Corremos muito no retorno, mas demos espaços e o Santos aproveitou.
Bronca em Scarpa
Não me lembro de ter tido nenhum tipo de conversa fora dos padrões com o Scarpa no banco. Sempre converso com meus jogadores no banco. Gesticulo porque sou de gémeos. Pessoas de gémeos gesticulam mais que as outras. Mesmo sendo de origem alemã e não italiana, que faz mais. Mas nada de diferente, apenas conversando. Às vezes uso exemplos do que está acontecendo para mostrar. O Santos aproveitou o seu momento. Quando podíamos aproveitar o nosso, tivemos a expulsão do Willian. Aí ficou muito cômodo para eles, aí tivemos a nossa possibilidade de reação praticamente interrompida – diz o treinador sobre uma conversa com Scarpa no banco.