Único brasileiro a ter feito o índice olímpico para correr os 42km nas Olimpíadas de 2024, o maratonista Danielzinho, de 25 anos, revelou a importância do Palmeiras na preparação para os Jogos de Paris. Em entrevista ao “ge” o atleta elogiou Abel Ferreira, diz ter se apropriado de mantra do treinador e contou importância do Allianz Parque no treinamento.
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Palmeirense nascido em Paraguaçu Paulista-SP, nem mesmo a distância do Brasil deixou o maratonista longe do Verdão. Residente do Quenia, país da Africa onde mora e treina, Danielzinho destacou que uma visita ao Allianz Parque foi fundamental na preparação para a maratona.
Pouco tempo depois de se garantir nas Olimpíadas após fazer a marca de 42 quilômetros em tempo de 2h07min06 na Maratona de Hamburgo, na Alemanha, em abril do ano passado, Danielzinho foi ao estádio palmeirense acompanhar a vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro de 2023 e falou sobre a experiência na casa alviverde.
-O legal é que você entra ali e, por mais que você esteja querendo assistir ao jogo, já fica com a cabeça em Paris, ouvindo os barulhos, os ruídos, essas coisas são muito importantes. É um treinamento que você tá presente e fica com a mente imaginando outro lugar, outra coisa, outra vida. E lá todo mundo vai estar falando em francês. Vai ter brasileiro lá presente também. É saber lidar com a pressão, porque o barulho influencia na corrida – diz Danielzinho.
Além da atmosfera, o atleta também destacou o técnico Abel Ferreira como fator importante para a preparação. O maratonista conta que está usando um dos mantras do treinador português para os Jogos Olímpicos. Pautado em “Cabeça Fria, Coração Quente”, que fazer história em Paris e revela acordar às 3 da manhã para assistir aos jogos do cliube pelo celular.
-A parte mental, a parte psicológica é muito importante. Eu quero estar ali naquele momento da prova, chegar em Paris e estar com aquela frase, aquele amuleto da sorte, que vai ser: “Cabeça fria e coração quente”. Eu vou levar na cabeça – diz.
-Eu já tenho um técnico considerado um dos maiores treinadores da história da maratona. Ele se chama Carlos Cavalheiro. Ele fez o Ronaldo da Costa (brasileiro ex-recordista mundial). E aquilo assustou os africanos. Eles já tão com medo por causa desse treinador. Imagina se o Abel fosse meu treinador. Aí eles iam falar “opa!”. Todo palmeirense, primeiramente, quer agradecer o Abel por trazer o Palmeiras a estar entre os gigantes. Ele está sendo um cara que está nos ensinando, nos desenvolvendo. Você sabe, pela história do Brasil, que ele foi o melhor português que já pousou aqui – acrescentou.
Danielzinho é o recordista brasileiro e sul-americano da Maratona e se transformou no melhor maratonista do mundo não nascido na África. Em 2021, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, o jovem não concluiu a prova, após desmaiar por desidratação. Agora, três anos depois, afirma estar preparado e contou como os estádios de futebol ajudaram na parte mental nestes últimos anos.
-Na parte da mentalidade, ali (em Tóquio) eu corri vazio. Eu estou me preparando indo em estádios de futebol, vendo os jogadores, estar ali presente. Por mais que as pessoas não estejam me conhecendo, estar ali no público e na vibração, eu já me imaginando estando em Paris, correndo os 42 km, é diferente – concluiu.
O brasileiro foi 45º colocado no ranking olímpico entre os atletas com índice para correr a maratona nos Jogos de Paris. O atletismo será disputado na segunda semana das Olimpíadas, entre 1 e 11 de agosto, no Stade de France. O último dia do atletismo também será o dia de encerramento dos jogos, no domingo, dia 11. Ao todo, a modalidade premiará 144 atletas, que vão disputar 48 provas.