Há exatos (e botem certos) 30 anos, o Palmeiras acabava com 16 anos e nove meses sem ser campeão. No Morumbi, contra um grande rival. Na véspera do Dia da Paixão palmeirense, no Choque-Rei contra o São Paulo embalado, a equiPalmeiras fez no BR-23 o que fazia no SP-93. Meteu então 4 a 0 na prorrogação no Corinthians. Meteu 2 a 0 São Paulo fazendo o suficiente. Chegou a 400 vitórias em clássicos paulistas.
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Mesmo com zaga reserva, e até remendada ao final, pouco sofreu o palmeirense. Até no pênalti bem desmarcado pelo VAR logo de cara. Também por a seguir sair mais um golaço decisivo de Gabriel Menino. Mais não precisou fazer o Palmeiras no primeiro tempo. Pouco concedeu ao São Paulo que voltou bem melhor no segundo tempo. Pode reclamar de um lance discutível de Zé Rafael desarmando pela bilionésima vez um rival dentro da área.
Mas o time de Dorival Jr. não pode reclamar da sorte com o sopão que Arboleda deu pro azar nos dois gols.
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Endrick marca e fecha placar diante do São Paulo
O segundo marcado por um camisa 9 como Evair em 1993. Um menino de 16 anos como a fila encerrada há 30 anos.
O jejum de títulos parece que terminou ontem, não em 1993, se comparado aos 16 séculos de tortura que levaram aqueles anos. Os 16 anos são muito tempo tempo para pessoas como nós. Para o Endrick, que parece ter 30, é o natural. Como esse Palmeiras de Abel ganhar jogos com a mesma tranquilidade que ele teve para pedir desculpas para Calleri por mais um desnecessário destempero. O único jeito de o criticar – embora muitos de seus críticos percam o equilíbrio com ele como ele se desequilibra no banco. E o Palmeiras, no campo.
O palmeirense sofre cada vez menos. Sabe o time que não perde e não se perde pela boca. Como aquele de 1993. Era melhor que os rivais. Mas a gente temia pelo pior nos tempos de fila. Agora, não. No final, dá tudo certo. Como se fosse Evair na marca de pênalti. Como se fosse Endrick na cara do gol.