Luiz Adriano deu de bunda na bola na finalização menos intencional das muitas 36 do Palmeiras na merecida virada contra o Sport. Gol parecido ao que Felipe Melo (em mais uma notável partida dele) marcaria no final de um jogo mais sofrido do que o merecido. Em mais uma atuação competitiva, copeira e competente do Palmeiras menos estressado. Mais descansado. E mais intenso como é necessário condizente para um vice-líder do BR-21. E mais uma vez finalista da Libertadores.
Melhor Luiz Adriano dando de bunda a dar de ombros às cobranças justas por aquilo que pouco mostrou na temporada 2021. Melhor o grande artilheiro que não tem sido ao menos voltar a marcar os gols que ele sabe e pode fazer até quando nem precisou fazer nada além de estar ali. Melhor ele dar uma bundada na bola a mandar a torcida ficar quieta na celebração de um gol que grande parte dela também teria marcado.
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Melhor ainda Luan, muito mais marcado a ferro e fogo e corneta pelo palmeirense, tentando demovê-lo do gesto tão infantil quanto desnecessário.
Melhor ainda Luiz Adriano lembrar onde estava há 15 anos, quando jogava a final do Mundial no Japão, pelo Internacional. E um não menos cornetado Adriano Gabiru marcou um gol mais difícil e importante contra o Barcelona. Sem precisar botar a mão na orelha, o dedo na boca, ou o dedo médio em outro lugar para o torcedor que tanto o criticava – também com muita razão e emoção.
“A-RRA! U-RRU! ME PERDOA, GABIRU” foi a melhor e mais justa canção de amor colorado.
Você bem sabe disso, Luiz Adriano.
Esperamos e torcemos que muitas outras bocas sejam caladas em um mês, no Uruguai.
Mas, até lá, continuemos respondendo pela bola, não pela boca. Ou boca fechada só pra si mesmo, não para as críticas justas – ainda que muitas passando do ponto, mas não passando pano (outra expressão tão madura como um teletubbie quanto é mandar calar a boca de qualquer pessoa).
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