O Palmeiras teve no segundo jogo o mesmo número de chances na estreia em casa contra o São Bento. Ficou no empate. Mas concedeu no Allianz Parque menos do que na segunda partida contra o bem ajustado e entrosado Botafogo de Paulo Baier, arrumado no 3-4-2-1 para atacar (e bem), e defender com solidez no 5-4-1.
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Botinha que mandou bola na trave, raspando ela, e ainda pelo menos mais duas defesas de Weverton do Paredão. Foram nove oportunidades de gol para cada lado. E a que definiu o bom jogo na Arena Eurobike foi um lance do talento e potência de Veiga: quando ele viu o goleiro do Botafogo adiantado e mandou um belíssimo tiro no ângulo, aos 24. O sétimo gol de fora da área dos 65 que marcou pelo Palmeiras. O de mais longe – 31 metros, pelas contas do Opta. O nono que acabou decidindo um placar de 1 a 0 para o time dele (seis deles em pênaltis bem cobrados).
Atrás da meta do tricolor, Velloso estava estreando como comentarista da TNT Sports. Bem como sempre. Quando a bola entrou, o bom zagueiro Lucas Dias até perguntou a ele se dava para Rafael Pascoal pegar. Não dava. Como não deu, naquela mesma meta, na final de 1995, naquela mesma gaveta, quando Marcelinho Carioca empatou o segundo jogo decisivo para o Corinthians. Quando Muller estava em cima da linha, subiu muito como sempre, e nem assim evitou o golaço do corintiano.
Mas o jogo vira. No Paulistão seguinte, oito dos 102 gols do Palmeiras de Luxemburgo no SP-96 foram no mesmo antigo Santa Cruz. O jogo que Velloso mais lembra. Memória seletiva é assim. Ainda mais com uma seleção como aquele esquadrão espetacular. Time de futebol maravilhoso que “só” ganhou um Paulista – com a melhor campanha do profissionalismo paulista. Venceu muito menos do que essa Era Abel.
Ambas históricas. Com as suas características, craques, ídolos e contextos.
Um dos tantos méritos deste Palmeiras desde 2020 é a capacidade de obter resultados independente da atuação. Time bom é assim. Não joga bem, ganha. Joga bem, ganha ainda mais.
Foi o caso em Ribeirão Preto. Coletiva e individualmente a equipe ainda capenga. Endrick faz um e outro lance. Que poucos fazem. E oscila como todos. Dudu e Rony, também. Veiga e Jailson sentem a longa ausência. Até Zé Rafael não tem o mesmo dinamismo. Marcos Rocha errou acima da ótima média.
Só Weverton segue o mesmo. Não por acaso quem esteve treinando até mais tempo na Seleção na Copa.
Não é motivo para maiores preocupações para o palmeirense. Apenas motivos para voltar a corneta mais para a diretoria do que para elenco e comissão técnica: “e o substituto do Danilo”?
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