O Al-Ahly é o Real Madrid egípcio. E africano. O time que mais ganhou títulos no planeta – 42 nacionais e mais 37 copas do país desde 1907.
Como o Palmeiras no Brasil (pelos rankings da FOLHA, ESTADÃO, PLACAR e FPF), os Red Devils (como o Manchester United) são os campeões do século XX no Egito.
Decacampeão continental, é o segundo clube que mais jogou o Mundial da Fifa (desde 2000). Torcida gigantesca, não por acaso chega forte e cascudo para mais uma semifinal. Em 2020, foi terceiro colocado, ganhando nos pênaltis do Palmeiras.
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A revanche promete ser ainda mais dura e competitiva. Até pelo que o time sem 11 opções (seis na Seleção, quatro lesionados, e um fora por COVID-19) fez com o favorito Monterrey. Partida estrategicamente irrepreensível no 5-4-1 que variava para 5-2-3 mais agressivo sem a bola, e para um 3-4-2-1 bastante dinâmico quando a recuperava lá atrás. Poucas vezes mais à frente.
Ligação direta bem feita e bem bolada, mas que vez e outra saía desde atrás com a bola bem jogada. Algumas vezes, porém, quando apertada, a zaga e o goleiro espanavam. A bola era rifada desde o tiro de meta. Algo que o Palmeiras pode e deve explorar com botes certeiros. Nem sempre constantes.
Os times de Abel (sim, ele tem vários no Palmeiras) são mais confiáveis e consistentes e competitivos quando contragolpeiam como liquidaram os favoritos Galo e Flamengo. Quando têm a bola ou são obrigados a propor, nem sempre se saem bem.
A semifinal também será difícil por isso. Os dois times meio que gostariam de dar a bola e o espaço ao rival. Esperando para especular com bolas letais em contra-ataques velozes e bem preparados.
Como resolver esse “leva que é sua” é a chave para a classificação em aberto para a final. Mas com favoritismo brasileiro.
Como administrar a cabeça fria e o coração quente é outro mister de Abel. Ele parece pronto. O Palmeiras dele, muito mais do que aquele que ganhou a Liberta no sábado e teve que encarar um clube com mais dinheiro do que ele e menos desfusorado no outro domingo.
Os vice-campeões da África pelo Egito chegam baleados pelo desgaste da campanha continental com prorrogações seguidas até domingo, e o baque da derrota nos pênaltis. Reforçam, claro, o time bem montado. Mas não garantem que será outra equipe. Ainda mais em jogo único.
O Palmeiras tem mais chances de chegar a mais uma decisão Mundial. Mas precisa entrar como se fosse Libertadores.
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