Abel, você é tão nosso quanto a família, Ademir da Guia, 12 de junho, a pizza, a Arrancada Heroica, Marcão, a pasta, o Palestra, os Dudus, a massa, os Césares, as cornetas, os Malucos dos gols de Deyverson a Divinos, os amendoins, os améns, os amores verdes, as erupções na Pompeia, almas perdidas em Perdizes, Água Branca e verde, a Turiaçu, a Caraibas, os canecos, as taças, os tontos, os tantans, Oberdan, as manchas, os moços, as músicas, a obsessão, as sessões da tarde, os sermões da noite, os serões da madrugada, os sonhos da manhã, o Fiúme, o Rio de Janeiro, a Copa Rio, a Liberta, a liberdade, o Brasileiro, as copas, os brindes, os dribles, as defesas que ninguém passa, as linhas atacantes de graça, caras, de berço, de benção, com a alma de periquito, com o espírito de porco, com o chute no ângulo, com o bico no microfone, o cartão de crédito green, o cartão de débito da arbitragem, o século XX, os títulos no Brasil, a TUP, o SEP, o endereço que muda de nome e razão social. Mas não a emoção antissocial que nos deixa com birra, com berro, com barro, com os burros n’água e na lama que jogamos contra imprensa, lógica, rivais, intolerâncias, preconceitos, clubismos, bairrismos.
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Você não sabia, mas nasceu em Penafiel (melhor Penaleal) já sendo palmeirense mais do que eu e do que muitos. No que há de Ademir da Guia e no que há de Darinta nesse ser às vezes desumano. Mas ser palmeirense nos faz mais humanos. Errar é mais gente sendo o que a gente é: intenso, chato, barulhento, passional, desequilibrado, italiano, brasileiro.
Ou melhor – e pior: palmeirense.
Você sabe que exagera e que erra e que isso volta contra você. Pior: contra nós. E como ninguém nos defendeu no banco como você (ou tanto quanto Felipão), eu só posso torcer ainda mais para você se conter.
Com os outros.
Porque com a gente você pode ser o Abel que é. Em casa do Ferreira, o espeto é do Palmeiras.
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