Tem muito zero a zero com gols no futebol brasileiro. E tem um empate sem gols que merecia tantos tentos no Maracanã lindo e pulsante com 69.997 rubro-negros. Um Flamengo aceso querendo e dando sangue depois do Centenário. Um Palmeiras vibrante (no primeiro tempo). Ótimos goleiros jogando muito. Bons sistemas defensivos evitando que as seis chances cariocas e as três paulistas virassem gols.
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O Flamengo mereceu o apoio e aplauso no apito final, e o incondicional em quase todo o clássico. Foi melhor no primeiro tempo a partir dos 20, e foi bem melhor nos primeiros 20 na segunda etapa. Quando faltou gás pela intensidade da etapa inicial, e pela insanidade do nosso calendário. O Palmeiras também pregou. E não saiu de trás no tempo final em que só chegou mais próximo de Hugo quando as mexidas de Abel deram mais frescor. Diferentemente de Paulo que só trocou (desta vez corretamente) Lázaro. E só foi absurdamente escalar Pedro aos 48 de um jogo que acabou aos 49. Sem Pedro em campo.
O Palmeiras pode discutir um pênalti em Gómez depois de Hugo socar a bola e, na sequência, atingir a cabeça de GG. Mas não pode reclamar da sorte. Se teve uma sequência de chances aos 17 e 18 com Veiga e Dudu se criando para cima do sobrecarregado Filipe Luís no 3-4-2-1 de PS, viu Lázaro (em ótimo primeiro tempo) mandar fora a primeira chegada perigosa, os 20, e só torceu para Arrascaeta perder grande lance aos 22, com Weverton fechando o ângulo para o craque uruguaio.
O Flamengo passou a apertar mais a saída de bola rival, que passou a errar o muito que acertava. Aos 38, Arrasca teve outro lance que Weverton negou. Na sequência, o uruguaio mandou de longe a bola na trave do palmeirense. Respondida aos 47, quando no único lance palmeirense pelo lado esquerdo, Danilo chapou de direita e Hugo fez grande defesa.
Depois do intervalo, o Palmeiras baixou a linha de defesa. E o nível do jogo. Dudu e Veiga pouco acertaram o muito que estão jogando. Mas a defesa segurou o tranco. Lances perigosos o Flamengo só foi ter aos 38, num tiro de Arrasca desviado por Murilo, e uma bomba de longe de Arão que Weverton mandou muito bem a escanteio, aos 40.
Não foram tantas as chances. Mas justificáveis pelo nível de enfrentamento e pelo desgaste também anímico de jogos sobre partidas, pressões sobre cobranças. Partidas muito boas de João Gomes e Thiago Maia, e a melhor em muito tempo de Everton Ribeiro. Deve ser a presença próxima de Tite, com quem sempre se dá melhor do que a encomenda.
Para o Flamengo fica a sensação de que Paulo Sousa está encontrando um time e um jogo. E, para o Palmeiras, o alívio de ganhar um ponto no Maraca em semana complicada. Mas a apreensão pela campanha fraca para início de papo e campeonato.
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