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Mauro Beting: 'Este bilhete é verdade, Raphael Veiga'

Veiga estava como seu Rubens no Centenário. Junto com seu vô Rafael como sempre estiveram os três: na torcida

Raphael Veiga com a taça da Libertadores de 2021 (Foto: Cesar Greco)
Raphael Veiga com a taça da Libertadores de 2021 (Foto: Cesar Greco)

Eu não sou o Rafael, avô do Raphael Veiga, a quem ele prometeu (num bilhete deixado nas mãos do pai do pai, pouco antes de descer à sepultura) que o netinho daria “muitas alegrias a ele no futebol”.

Mas eu sou como um dos tantos que torceram ainda mais por ele em 2017, quando chegou ao Palmeiras do coração do avô, do pai, dele. De todos nós.

Na última vez que se falaram antes do bilhete no velório, Rafael pediu ao jovem Raphael “que um dia jogasse no Palmeiras”.

O neto dedicado, sério e talentoso atendeu.

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Mas nem no pedido do vô, e nem no sonho do menino, ele poderia imaginar que aquele tímido piá de 2017 que chegou do Coritiba (e que só brilharia emprestado ao Athletico-PR em 2018) pudesse voltar como retornou em 2019. Ou melhor: 2020. Ou ainda melhor: 2021.

Ainda em 2019, um amigo que sabe das coisas disse que ou o Palmeiras mudasse a Academia para Curitiba, ou negociasse o Raphael que ainda era tímido demais. Embora não mais menino.

Já com Luxemburgo em 2020 ele amadurecia. Com Cebola começava a florescer. Com Abel, na casa do Ferreira, o espeto foi do Raphael artilheiro. Pisando na área. Pensando o jogo pela direita, batendo todos os pênaltis que só ele não perdeu, criando por dentro, ou pela esquerda fazendo no Uruguai outra função. Sacrificado como Scarpa. Mas pelo bem do Palmeiras. Do pai Rubens. Do vô Rafael.

De toda a família Palmeiras que marcou o belo gol inicial – como no jogaço de Brasília pela Supercopa. De toda família que sentiu a lesão dele no final do jogo. Do Alviverde inteiro que estava do lado de fora assistindo a Deyverson o substituir rumo ao alto da glória eterna.

Veiga estava como seu Rubens no Centenário. Junto com seu vô Rafael como sempre estiveram os três: na torcida. De fora para dentro dando toda a força e luz. No roteiro escrito pelo guri no bilhete que o pai segurava no gramado em Montevidéu.

Assim seguiremos onde a família palmeirense estiver. De fora. Mas vibrando pelo Raphael, Rafael e Rubens.

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