Duas características básicas do Brasileirão entre as grandes ligas mundiais: a única onde se pode considerar “normal” o empate entre o líder e o lanterna, como ficaram no zero Palmeiras e Fortaleza, na Arena Castelão. E, pior: mais um jogo com poucas chances criadas (quatro pelo último colocado, seis pelo líder). Jogo fechado com chave de chumbo do disjuntor que deixou a bela festa no Ceará apagada como a qualidade do espetáculo.
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Pouco jogo.
Ou pior, parte 171: muito jogo no calendário para pouco futebol no Brasil.
Atletas esgarçados, poupados ou se poupando em campo. Tudo que não se planeja nas reuniões dos cartolas se planeja até demais em campo. Equipes em campo e no banco administrando prejuízos e carências pensando nos próximos compromissos, sem pressionar a bola ou a equipe rival. Adversária menos temerária que o calendário insano quanto intenso.
Resultado: nas partidas decepcionantes dos três primeiros colocados do BR-22, apenas um gol. E contra. E bizarro.
E o Palmeiras perdendo por lesão muscular Rony, no lance em que ele deu a bola do jogo para Breno Lopes mandar no corpo de Fernando Miguel. Como antes o também inesgotável Yago Pikachu chutou para Weverton salvar mais uma vez o Palmeiras em outra atuação abaixo do nível dele. Também pelo excesso de jogos e desgaste natural para todos.
Não foi o jogo mais tranquilo que a tabela poderia prever, mas que o futebol sabia que não seria fácil contra um time que chegou ao mata-mata da Libertadores. Com dois minutos, um belo gol de Zé Welison foi anulado pelo VAR que viu no início do lance uma mão na bola que no Brasil sempre se marca, e pode mesmo ser discutida.
O Palmeiras demorou a reagir. Até por mais um pálida partida de Dudu pela direita, uma menos viva de Scarpa, e a entrada de Veiga apenas no segundo tempo. Quando alguns desatinos individuais e alguns espaços concedidos (provavelmente pelo desgaste físico) quase complicaram a situação do ainda líder isolado. Mas cada vez mais assediado. Ainda que por times – exceto o Fluminense de Diniz – que mais ganham jogos do que jogam bem.
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