São Marcos, há um ano, conversando numa live com Beato Weverton, depois de Palmeiras 0 x 79 River Plate, jogo de volta quase sem retorno da Libertadores de 2020: “hoje o exame antidoping não vai ser pela urina”.
Foi isso. Depois dos 3 a 0 históricos em Avellaneda, um 0 a 2 histérico na avalanche do River Plate de Gallardo (que então estava quase sete anos montado o melhor time da década, e que estava eliminado em dois meses de Abel no Allianz sem público). E, se tivesse, o alviverde teria partido desta para a melhor na partida em que mais sofri em 55 anos de Palmeiras, e 31 de jornalismo esportivo.
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Quando, na transmissão do SBT, o narrador Luiz Alano perguntou algo inédito na transmissão brasileira para o comentarista Mauro Beting, lá pela metade da segunda etapa, com mais ou menos 4h37 de jogo – pelas minhas contas:
– Você está bem, Mauro?
A resposta mais sincera que já dei.
– Não.
Não fosse o VAR que foi mais palmeirense que o Palmeiras, e tão necessário e correto (e que tanto nos faltou contra o Boca em 2000 e ainda mais em 2001), não teria Maracanã 2.0 2020. Provável que não tivesse Centenário Eterno em 2021.
Não fosse Weverton, nada. Em um jogo em que ainda não revi. Medo de no YouTube o River fazer o 3 a 0. E muito mais.
Mas um lance merece sempre ser lembrado. E um nome não pode ser esquecido. Nem o tempo.
Emerson Santos. 83min09s.
Escanteio da esquerda no segundo pau: Maradona cabeceia (todos do River eram Diego naquela hora), Weverton faz outro milagre, Di Stéfano (todos eram La Saeta Rubia) chuta na trave, e, na sobra, de voleio, Messi (você já sabe, eram 33 craques do River contra 4 sub-5 do Palmeiras) manda pro gol, e Émerson Santos salva de cabeça sobre a linha.
A gente até esquece. O bandeira marcou impedimento. Mas todo o lance era legal. Se sai o gol, o VAR validaria. Seria 3 a 0. Pênaltis no mínimo. Penalidade máxima seria para nós.
Deus foi do tamanho do filho Divino Ademir da Guia.
Faz um ano hoje. Parabéns pra nós. Para tantos que completam um ano de nova vida.
Não viu? Veja na foto a “celebração” dos palmeirenses no apito final (quase o juízo final). Não são apenas os três. Foram 16 milhões de sobreviventes assim.