O gol chorado.
Eu chorei. Mesmo na cabine do SBT no Maracanã. E como nunca chorei em 31 anos de transmissões. Chorei como milhões choraram como poucas vezes desde 1914.
Chorei porque queria meu pai ainda mais ao meu lado. Os filhos. Minha mulher. Enteada. Família. Amigos. Torcida.
Chorei porque ainda achava que tínhamos perdido a semifinal no Allianz para o River. Que o maior Rio do mundo de nossa vida em 1951 não iria se repetir há exato um ano no mesmo palco que é lar. E bota ano certo nisso. E bota bola certa do Danilo pro Rony. E bota passe do Rony pra cabeça do Breno Lopes. Aposta certíssima do Abel minutos antes. Aposta ainda mais certa do Palmeiras três meses antes com a chegada do palmeirense de Penafiel.
Quem imaginava? Eu não. Milhões, também não.
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Talvez por isso o choro tão delicioso. O gol tão chorado. A conquista tão especial contra um rival tradicional. Os 98min28s. Os 20 anos sem Libertadores.
O choro ainda pelo distanciamento da pandemia. As vidas perdidas. O gol achado e chorado de um título tão incerto que só foi mesmo nosso naquela cabeçada que me fez chorar e engolir as lágrimas para poder comentar segundos depois.
Um dos maiores títulos. Uma das melhores conquistas também por levar tanto tempo. E ser quase tão inesperada quanto o 27 de novembro do mesmo ano. Ou melhor. A do Uruguai seria ainda melhor e maior. Mais gostosa por uma série de razões. E por infinitas emoções e sentimentos trazidas pelo vento.
Aqueles que transbordam sem precisar explicar pra quem é. E, para quem não é, nem 98min28s são impossíveis.
Ou melhor. Possíveis porque Palmeiras.
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