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Mauro Beting: 'Iguais, mas diferentes - Palmeiras 1 x 1 Fluminense'

Foi o primeiro ponto conquistado pelo Fluminense no Allianz Parque em nove clássico

O goleiro Weverton, da SE Palmeiras, em jogo contra a equipe do Fluminense FC, durante partida válida pela quinta rodada, do Campeonato Brasileiro, Série A, na arena Allianz Parque. (Foto: Cesar Greco)
O goleiro Weverton, da SE Palmeiras, em jogo contra a equipe do Fluminense FC, durante partida válida pela quinta rodada, do Campeonato Brasileiro, Série A, na arena Allianz Parque. (Foto: Cesar Greco)

Foi o primeiro ponto conquistado pelo Fluminense no Allianz Parque em nove clássicos, desde 2014. Na história do Brasileirão, na casa verde, agora são apenas dois empates. Uma vitória tricolor. E 18 impressionantes triunfos do Palmeiras.

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O gol de Cano (37 do segundo tempo), em grande arrancada de Caio Paulista (feliz mudança de Diniz para tornar o Fluminense mais contundente), na infeliz dividida de Jorge, deu o empate que deixou os cariocas mais felizes que os paulistas ao final de um clássico de bom nível, chances de gol (10 x 5 Palmeiras), e a sensação de que o Flu não ficará na incômoda situação de tabela (15º lugar). Nem o Palmeiras apenas no 13º lugar.

O dono da casa quase abriu o placar no primeiro ataque da melhor dupla por estes campos (Dudu e Veiga). O Flu teria sua única chance na primeira etapa num balaço de Nathan bem defendido por Weverton. Quando Ganso sentiu lesão e deixou o time em seu melhor momento nas Laranjeiras, com apenas 18 minutos no Allianz Parque.

No seguinte, a melhor oportunidade palmeirense foi o lance em que Rony primeiro se atirou antes de ser atingido por Fábio. Eu não teria marcado o pênalti discutível.

No segundo tempo, o Palmeiras forçava mais o ataque quando o Flu teve uma bolha de chances. Três em três minutos. Todas iniciadas pelos lados. Abel então trocou os laterais. O Palmeiras acordou. E foi mais letal.

Fábio evitou gol certo de Dudu, aos 20, em tiro à queima-luvas. Jogada nascida de um lateral dado pelo Tricolor em outra tentativa de sair jogando quando não era o caso. Muitas vezes, o Flu saiu bem e bonito desde trás. Mas o exagero já causou queda prematura na Libertadores. Ainda com Abelão.

O xará português então mudou. E foi feliz: ousou com o incansável Zé Rafael na cabeça da área, Scarpa na meia direita (substituindo Danilo em raríssima jornada discreta), e Veiga na meia esquerda, associado a Dudu pela ponta-esquerda, Rony passando a atuar pela direita, e Navarro comandando o ataque.

Em menos de três minutos, aos 26, Dudu escorou o cruzamento de Scarpa e fez 1 a 0. Placar que parecia consolidado até o belo empate tricolor. Quando a ousadia nas mexidas de Diniz foi premiada pelo faro de gol de Cano. Empate ótimo e que pode marcar uma retomada do Flu no BR-22.

O Palmeiras ainda criaria mais três boas chances até o final. Mas o time parecia murcho como a torcida depois do empate que não é bom pela posição na tabela. Mas que pode alertar o Verdão pelas dificuldades de um calendário cheio para um elenco mais curto. E que, também por isso, deve usar mais vezes os ótimos nomes da base.

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