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Mauro Beting: 'Jogando a favor do vento'

Abel Ferreira. (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
Abel Ferreira. (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

O Flamengo que fatura um bilhão de reais por temporada é treinado na quinta-feira pelo interino do ex-treinador (o mesmo efetivo demitido Paulo Sousa), na sexta-feira pelo interino do interino demitido (Mário Jorge, do sub-20), e, no sábado, vai ser dirigido num clássico fora de casa pelo estreante treinador.

Novidade? Nenhuma.

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A única diferença das últimas demissões é que, desta vez, nem a protocolar mensagem “o clube agradece pelos serviços prestados e deseja sucesso nos próximos desafios” a desgovernada direção rubro-negra teve coragem, ou respeito, para copiar e colar dos tuítes que demitiram caro os sucessores do português sem sucesso.

Perde jogos, dinheiro e compostura a direção do clube que caiu de patamar e do salto. Achando ainda que foi só a pisada de Andreas Pereira que levou o Flamengo a perder um campeonato em que era mesmo favorito.

Mais um. Mas não o único.

Perdeu, ou melhor, o Palmeiras o superou como está superando todos na América e no Brasil também pela continuidade de um ótimo trabalho. Abel que resistiu a perseguições absurdas intestinas e de cotovelos doloridos. Jogadas ensaiadas de praxe e da plebe que não entende processos. Ou só vai entender quando processada pela ignorância que rima com a violência desmedida.

O Palmeiras vive seu melhor momento de futebol no século XXI também por ter dado a guarida a Abel e ao elenco. E não ouvidos aos zurros e zorros justiceiros que querem sangue e demissões a torto e sem o menor direito.

Como bem analisou André Kfouri, na ESPN: “Ninguém treina uma equipe para fazer um gol como o de Wesley. Esses momentos são o bônus que um técnico recebe por ter jogadores qualificados, ou, melhor ainda, por desenvolvê-los. A reivindicação do trabalho de um treinador é enxergar, em competição, os comportamentos ensaiados quando ninguém está olhando. Quando esses padrões não só são repetidos como se tornam o motivo pelo qual um time é superior aos outros, diz-se que tal time tem uma identidade, sabe a que joga, é reconhecível. E quando esse reconhecimento fica evidente independentemente das escalações, o que se tem é algo que o jogo nesta parte do mundo raramente vê: uma equipe de autor, uma obra pronta. O gol que inaugurou o placar na decisão da última Libertadores foi executado por Gustavo Gómez, Mayke e Raphael Veiga. Dudu, que puxou Filipe Luís para o lateral passar, era o único que estava em campo contra o Botafogo”.

O tempo e investimento potencializaram um trabalho que potencializa o coletivo que potencializa todos os indivíduos que entram em campo. Potencializando um time que joga e age como equipe, potencializando as chances de vitórias. Potencializando um clube que está virando (ou voltando a ser) uma potência pela capacidade de trocar nomes e manter os números.

Teve muito “potencial” no texto? Teve. Até para ressaltar o potencial mesmo da equipe. E da manutenção de uma ideia. De um trabalho.

Algo que está faltando em muitos clubes. Aos dirigentes e treinadores. Aos treinados e aos membros das torcidas e redações. Organizadas ou não.

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