A cada ótima atuação do time de Abel (mesmo que poupando de início Marcos Rocha, Piquerez e Danilo, ainda sem o lesionado Luan, e o 9 que não chega…), os “cornOtas (cornetas que querem chifrar o time pelo qual distorcem) vão dizer que o treinador bicampeão da América (com o melhor ataque da primeira Libertadores ao lado do River, e um dos melhores do século no torneio, e o segundo mais eficiente da segunda conquista em 2021…) é um retranqueiro. Abel só sabe jogar atrás. Reativo. Fora o que é raivoso. Tem chulé. Não pode jogar basquete. Não pode votar no Brasil. Não é o Guardiola. Não vai deixar legado para a cultura nacional. Não tem olhos azuis. Não é preto. Nunca dirigiu um filme. Não descobriu o Brasil. Não sabe fazer feijoada. Quer colonizar a América.
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Que mais?
Outra: quem quer muito mais?
Contra o combalido e preocupante Santos, no Allianz Parque, o time de Abel criou 16 chances de gol – pelos meus critérios. Concedeu apenas quatro para o time de Bustos que perdeu o clássico e Velásquez expulso no final do primeiro tempo. A maioria dessas oportunidades quando eram 11 x 11. Foram 21 tiros ao gol do excelente João Paulo (pela bilionésima vez o melhor santista em campo). E segue o Verdão tendo levado apenas um gol no SP-22. Mesmo viajando e jogando mais vezes que qualquer rival.
Isso é retranca? Falta de repertório?
Abel pode soltar mais vezes o Palmeiras como tem feito. Ainda mais pela excelente fase de Veiga e Dudu. Mas tem como cobrar muito mais dele e do elenco multicampeão?
Tem. Porque ele se cobra e muito exige do grupo dele. Para o bem do Palmeiras. Diferentemente de alguns que querem ver muito além do que esse time pode dar. Ou querem apenas achar defeito ou o que é feio onde há muito bem feito.
E, isso posso falar o que eles não querem aceitar, tem sido muito lindo.
Feio, mesmo, é não respeitar o multicampeão.
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