Há 80 anos, intolerantes e ignorantes não queriam mais que o Palestra se chamasse Palestra. Alguns queriam mais do que roubar o nosso nome. Acabaram se saciando os totalitários daqui contra os supostos fascistas em guerra em tempos de exceção e despotismo com o “desbatismo” alviverde.
Os palestrinos reunidos em 14 de setembro de 1942 só saíram do clube na madrugada de 15. Pensaram em rebatizar o Palestra como América. Cogitaram chamar Brasil – pela pátria que os abraçou. Piratininga – como os campos paulistanos da colônia.
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Chamaram mesmo Palmeiras. Com P de Palestra. Como a AA das Palmeiras. Como o futuro campeão do século. Como o clube que mais vezes conquistou títulos no país que diziam “trair”. Como o Brasil que honrou na Copa Rio de 1951. Como o Brasil que vestiu de amarelo pela Seleção, em 1965.
P de Palestra. Periquito. Seria em 1986 de porco. Desde sempre pioneiro.
Preponderante – não prepotente. Primaz. Primoroso.
Primeiro na língua do P. Também na portuguesa.
Palestra que morreu líder para o Palmeiras nascer campeão paulista em 1942. Para há 80 anos celebrar o amor que pode mudar de nome. Mas não a essência.
Se fosse América ou Brasil ou Piratininga há 80 anos, eu seria há 56 mais americano mais do que gente. Eu seria ainda mais brasileiro. Eu seria piratininguense mais do que jornalista.
Eu teria outro nome. Como nós somos há 80 anos palmeirenses. Mas eu seria o mesmo como somos milhões há décadas.
Feliz de ser o que mais somos. Filhos do Palestra. Pais do Palmeiras. Irmãos com naming right que muda. Mas ninguém nos cala.
Não nos queriam Palestra.
Palmeiras que tanto queremos.
Batizado em nome do Pai da Bola Fiúme, do filho do Divino Ademir, e do espírito de São Marcos.
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