O Palmeiras não é o Brasil no Mundial. Como não foi o Flamengo em 2019. O Grêmio em 2017. Como qualquer campeão da Libertadores só e ele mesmo no torneio.
Como foi o mesmo Palmeiras na Copa Rio em 1951. Mesmo com a bandeira brasileira bordada no peito. Mesmo com 120 mil berrando “Brasil” em vez de “Palmeiras” um ano depois do Maracanazo, o Palmeiras era o Palestra Italia.
Não do Brasil.
Até por ninguém ser solidário na derrota. A não ser ao secar o “coirmão” brasileiro que representa o nosso futebol. Ou mesmo torcer contra – como o Santos poucas vezes teve tanta gente torcendo por ele até Breno Lopes.
Não sou bedel de sentimentos (outro serviço deplorável do jornalismo esportivo dos últimos tempos, que resolve na empáfia determinar quem comemora o que – e de que jeito – e com que intensidade…). Além do risível sommelier de torcida que virou espacialização nas mesas emburradas, jamais podemos determinar também torcida a favor ou contra qualquer um. Quem quiser que escolha seu lado. Ou torça contra os dois. Ou simplesmente não torça. A mídia que não force. E quem quiser que morda cotovelo dolorido.
O Palmeiras é o Palmeiras no Catar. E o resto que vá se…
Doha a quem doer.
(Sim: uma vez o Palmeiras foi o Brasil: 3 a 0 no Uruguai. Inauguração do Mineirão. 1965. A Primeira Academia jogou pela Seleção. O primeiro clube a fazer isso. E vencer).