Fluminense de Duque de Caxias, Pedro Acácio jogava no Canaã da Bahia na Copinha. De lá veio para o sub-20 do Palmeiras. A terra prometida. Rápido ele foi relacionado para o banco contra o Sport, na Ilha, em um sábado de janeiro de 2020.
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Vestiu a camisa 57 pela primeira vez do time do coração. A mesma que ele usou na terça-feira seguinte antes da classificação suada contra o River Plate. Não para jogar como tem atuado muito bem há um ano na base. Mas para torcer como tem feito há 18. Pedro Acácio vestiu a mesma 57 que usou no banco no Recife para receber o ônibus palmeirense no proibido corredor alviverde antes da volta na semifinal.
Quase na chegada ao Allianz Parque ele foi visto fazendo festa pelo seu time do coração e agora profissão. O Cartolouco Lucas Strabko, em reportagem do canal dele no YouTube, o entrevistou como se fosse mais um dos milhares de torcedores por ali. E ele é um dos milhões em todos os lugares.
Mas Pedro é um pouco mais. Menos de uma semana depois de bater palmas para o time dele em qualquer acepção, aos 44min37s de um 4 a 0 sobre o maior rival, Acácio substituiu outro palmeirense de berço – Raphael Veiga, de dois dos quatro gols no Dérbi.
Dezesseis segundos depois, Pedro Acácio recebeu a bola no grande círculo e fez lançamento de 20 metros, no terceiro toque na bola como profissional, para Breno Lopes. Aos 45 minutos redondos, o atacante fuzilou para marcar o quinto palmeirense – bem anulado pelo bandeira pelo impedimento de Breno.
Resumo da ópera: o menino de 18 anos que seis dias antes estava no meio da massa estreou em um Dérbi dando um lançamento de gol em 23 segundos como profissional.
Nem em sonho. Só no Palmeiras.
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