Três minutos e 21 segundos depois de Zé Rafael marcar belo gol em lance iniciado pelo mesmo Luan que falhara feio no gol do Dragão, Scarpa incendiou o Allianz Parque com o terceiro gol em 201 segundos do grande líder do BR-22. No melhor momento do futebol palmeirense no século.
No final das contas, pode até o final do ano não significar nada. Mas significa tudo que mais nos significa: ser torcedor. O que independe de títulos. Mas conquista a cada dia cada vez mais o nosso amor incondicional. Aquele que nos faz criança com 55 anos.
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Os 4 a 2 seriam sacramentados com 7min12s no segundo gol de Gómez, que foi lateral-direito. E foi mesmo goleador do time que criou 11 chances e marcou quatro gols. Mesmo tirando o pé e a cavalaria na segunda etapa. Ou só acertando mesmo a mão nos 7 minutos finais do primeiro tempo que mais uma vez parecia o último dos tempos palmeirenses. Por essa sanha do time de Abel que virou senha para o Allianz Parque virar e viver essa sina vencedora que celebrou os 23 anos da primeira Libertadores.
Linda festa dos celulares que agora acendem a cada um dos tantos gols palmeirenses. No novo lar que recebeu um torcedor que desde 1968 não o visitava. Quando o velho Palestra ainda não tinha os refletores depois da reforma do Jardim Suspenso. Quando Dudu e Ademir da Guia já conduziam o time vice daquela Libertadores. Dupla que viu junta o time de Abel mais uma vez. E que pouco antes do jogo deu os parabéns ao menino Alan de Vila Velha. Há meses ele queria conhecer o Allianz Parque no dia do seu aniversário. Tudo comprado. Até a COVID deixar a família toda de quarentena. Alan mesmo assim se vestiu de verde. Como ele recebeu o meu zap em vídeo para conversar com o camisa 10 de todos os tempos – Ademir – e nosso leal escudeiro – Dudu.
São muitas pequenas grandes histórias numa quinta-feira muito alegre. Aquela que em tantos anos recentes justificava a piadinha do feriado de Porcos Tristes em jornadas infelizes.
Tão tristes quanto os adversários que perderam hoje as piadas como os jogos.
Porcos e periquitos que agora celebram vitórias normais como se fossem épicas. Como aquela da Libertadores de 2013. Quando um dos menores Palmeiras se superou numa das noites mais palmeirenses. Quando a torcida ganhou do Libertad por 1 a 0 no Porcoembu. Meu primeiro jogo comentando depois da morte do meu Babbo em que na hora do gol quase liguei pra ele. E senti que ele estava junto comigo e com tantos. Como no terceiro gol desta quinta senti igual. Meu Babbo, minha Biondina, a Mano, meus filhos me abraçando e me abençoando como se fôssemos o que somos: uma família que celebra não só os grandes títulos. Mas uma grande virada num jogo que vira inesquecível como se fossem quatro gols em sete minutos.
Como se fosse o que o Palmeiras virou a nossa vida. Virou aquela fase de vacas magras e porcos tristes.
Quando uma vitória de meio de campeonato vira um título por si só. Por exatamente ela nos fazer tão juntos. Jamais sós.
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