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Mauro Beting: Um brinco - Palmeiras 2 x 1 América Mineiro

Verdão seguiu jogando pouco e muito inconstante. Sem a mesma pegada, sem o mesmo tesão, sem a mesma concentração, sem a mesma sorte de outras oportunidades

Palmeiras e América-MG, no Allianz Parque (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
Palmeiras e América-MG, no Allianz Parque (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Dizem que quando a coisa está uma “joia”, ela está um “brinco”. Não literal, como o que Patrick de Paula teve que tirar no pavoroso primeiro tempo palmeirense. Enquanto o excelente volante perdeu preciosos minutos tirando o acessório impensável em um futebol profissional, o principal que era o futebol alviverde mais uma vez foi menos do que bijuteria de quinta no tempo inicial.

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O América estreando Mancini no banco (ou melhor, no camarote) foi bem melhor na primeira etapa. Criou seis chances (três negadas por Jailson, inclusive o pênalti infantil cometido por Renan, e mal batido por Ademir). Fez aos 37 um gol carambólico com Giovani (depois de mais uma falha feia de Victor Luiz), e levou o empate um minuto depois de abrir o placar, na cabeçada de William depois do cruzamento de Scarpa, a 11a. assistência dele em 2021 (o principal pé que passa hoje no Brasil).

Na segunda etapa, no plano inclinado do Gol Sul do Allianz Parque, o Palmeiras resolveu jogar. Um time mais inconstante e imprevisível que o humor do palmeirense. Ou melhor: do palestrino já sabe o que vem. Desse time de Abel, não mais. Pode jogar nada e disparar uma goleada. Pode jogar um pouquinho e produzir ainda menos. Abel manteve a ideia do 3-3-2-2 (com a bola), com Marcos Rocha e Renan pelos lados da zaga, e Felipe Melo na sobra; Patrick de Paula como volante e Scarpa e Veiga como meias, e Menino e VL como alas; na frente, Deyverson e Willian.

Mas o América reequilibrou a partida. Abel só mexeu aos 25, passando Scarpa para a ala esquerda para cruzar as bolas para Luiz Adriano que foi ao comando de ataque para perder gol aos 27 (e desperdiçaria mais duas bolas seguidas, aos 34). Mayke assumiu a ala do outro lado, substituindo Menino (depois de outra atuação apagada). O Palmeiras melhorou. O América definhou fisicamente. No final, mandou bola na trave com Deyverson. Mas não estava achando o gol, e não está mesmo se reencontrando. Ou talvez esteja se achando demais.

O resultado acabou justo com o gol no final de Willian (que em outro texto falarei mais). Mas para ser ainda mais justo, o Palmeiras seguiu jogando pouco e muito inconstante. Sem a mesma pegada, sem o mesmo tesão, sem a mesma concentração, sem a mesma sorte de outras oportunidades – ainda que encontrando a virada no final.

É pouco. Muito pouco Porco. Até pelo acessório estar sendo mais importante que o principal.

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