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Mauro Beting: 'Uma foto na parede'

Os maiores rivais dentro e fora de campo desde 2016. E contando...

Atlético-MG e Palmeiras pela Libertadores (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
Atlético-MG e Palmeiras pela Libertadores (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

A decisão ser daqui quase dois anos, opa, meses, no Centenário (palco da primeira Libertadores do Flamengo há 40 anos, local do primeiro jogo decisivo de Liberta do Palmeiras há 60) já deixa tudo muito mais monumental – ainda que eu não goste de final única no continente (embora já tenha desgostado mais…).

A decisão histórica ser entre o atual campeão e o anterior, fato e feitos raros, mais ainda. Entre o bicampeão brasileiro de 2019-20 e o anterior em 2018, então… Entre o atual campeão do Brasil e o da Copa do Brasil… Títulos que os levaram a uma sensacional Supercopa em Brasília, em abril…

Os maiores rivais dentro e fora de campo desde 2016. E contando. E cantando lindo a sexta decisão palmeirense de Libertadores. A terceira rubro-negra.

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Finalíssima aguardada ha anos. E que será guardada por todos os próximos.

Hoje, dois meses antes, pela bola, para não ficar em cima do muro em duelo tão equilibrado, Flamengo favorito (por pouco) em 90 minutos. Quem sabe 120. E mais ainda nos pênaltis que o Palmeiras não conseguiu superar em 2021.

Pelo entrosamento, Flamengo. Pelos jogadores desequilíibrantes, Flamengo. Pelas opções de banco do meio pra frente, Flamengo.

Pela beleza do jogo, o Flamengo encanta mais do que qualquer equipe na América do Sul. Quase chega ao nível único de 2019 – também por só ter perdido Gerson, Rafinha e Pablo Mari.

Mas beleza nem sempre vence. Ainda mais em jogo único. É mais ainda contra um rival tão competitivo e mais copeiro como o Palmeiras. Com melhor desempenho histórico na Libertadores. Com mais títulos de copas como Taça Brasil e Copa do Brasil. Com admirável força anímica e variações taticas – ainda que algumas discutíveis.

Até a final será um jogo de empurra de favoritismo. Dos dois lados. E até de quem não tem. E mais ainda de quem deseja a derrota das duas equipes. Até lá alguma coisa pode mudar. Esta é apenas a fotografia do momento. E do passado igualmente glorioso.

O que não muda e já se sabe é que a fotografia do campeão da América de 2021 estará para sempre nas paredes de adolescentes de fodas as idades.

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