O ex-jogador do Palmeiras, Gustavo Scarpa, e Mayke, atual lateral do Verdão, acionaram judicialmente uma empresa de consultoria financeira que tem William Bigode como sócio. Eles alegam terem perdido cerca de R$ 10,4 milhões em investimentos feitos em criptomoedas. A informação foi revelada pela Globo.
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O Nosso Palestra ouviu especialistas na área para entender o processo:
Narra Gustavo Scarpa que em 31 de maio de 2022, buscando um investimento financeiro, fechou contrato de “locação de ativos digitais” com a XLAND HOLDING LTDA. A promessa de retorno compreendia juros nada módicos de 3,5% a 5,0 % ao MÊS. Ou seja, o valor investido renderia de 3,5% a 5,0% a cada mês, um padrão muito exorbitante.
A empresa SOLUÇÕES TECNOLOGIA EIRELI, a intermediadora, foi a responsável pelo recebimento do aporte milionário de Mayke e Scarpa e pela transformação da moeda corrente para criptomoedas. Na visão do jogador, esta empresa age em parceria com a XLAND, pois trata-se de um processo de câmbio.
Segundo Scarpa, em seu processo, ao pedir as provas de garantias patrimoniais da empresa sobre a liquidez de suas operações, não foi convencido de que fossem suficientes para continuidade do contrato, fato que o fez pedir a rescisão, quase três meses após a assinatura do acordo, em 19/08/2022. O jogador não sentiu confiança nas provas que recebeu e tentou encerrar o investimento.
Há divergências entre as partes, principalmente quanto à interpretação de algumas cláusulas, principalmente nesse caso de rescisão caso houvesse alguma inconsistência de informações nas garantias, abrindo caminho para pedido de devolução dos valores em até 30 dias, úteis ou não.
Nesse meio tempo, a empresa de criptomoedas XLAND passou a ser investigada pelo Ministério Público por possível esquema de pirâmide em Rio Branco, no Acre.
A nota completa pode ser lida aqui.
Ultrapassado o prazo para devolução do dinheiro e não percebendo qualquer espécie de retorno, coube a Gustavo Scarpa mover um processo judicial na tentativa de reduzir os prejuízos.
Entendendo que havia a existência de um grupo financeiro, o jogador pediu a inclusão da Soluções e CONSULTORIA, além da empresa “GESTÃO EMPRESARIAL LTDA (WLJC)” juntamente com seus sócios pessoas físicas, pedido que foi acatado posteriormente pelo juízo.
Para surpresa do torcedor palmeirense, um dos sócios da WLJC é Willian “Bigode”, pessoa que, na visão do meio campista, foi responsável por indicar e endossar a realização do “investimento”. Scarpa e Mayke tinham relações pessoais com William, que, segundo aponta o processo, indicou que eles operassem nessa empreitada.
O processo de Mayke menciona imagens e indicações da relação de Willian com a empresa WLJC e incentivos feitos por ele, embora não tenha incluído o ex-companheiro no polo passivo – diferentemente de Scarpa, que já conseguiu uma tutela de urgência para bloquear valores e arrestar bens dos réus, inclusive do Willian Bigode.
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Apurou o NP, também, que o ex-atacante do Verdão aparentemente foi incentivado por um amigo a trabalhar com essa operação e também a abrir uma empresa que gerisse o mesmo modelo – por fim, ele convidou e convenceu colegas a se envolverem da mesma maneira.
Até o momento desta publicação, os jogadores envolvidos não se manifestaram sobre o processo.
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