Difícil acostumar os olhos à bola que se joga na América em dia de Champions. Depois de Ajax 2 x 3 Tottenham, talvez ate o Grêmio 4 x 5 Fluminense fosse uma aula de física 7 da manhã na segunda-feira depois da Páscoa.
Palmeiras 1 x 0 San Lorenzo, então, foi isso. Nenhuma chance de gol na primeira etapa. Pouco se esperava do Ciclón em crise. Mais se pode cobrar mais uma vez do deca brasileiro. Com Felipão a bordo, ainda que com Borja afundando e flanando na frente, e sem Bruno Henrique e Ricardo Goulart, um desempenho melhor é a torcida mais do que justa.
Talvez por isso também ela mais uma vez não foi nos números ideais ao Allianz Parque. Não só por ser caro. Mas porque não dá barato o que aqui se joga com praticamente todas as equipes. E estamos falando do time que pelo segundo ano seguido teve a melhor campanha da fase de grupos. Nunca aconteceu isso na Libertadores.
Mas parece que sempre se cobra demais o Palmeiras. Os palmeirenses que são cornetas do aporcalipse e das turmas do amendoim e do maní. Muitos jornalistas que cobrem o Palmeiras e também exigem muito. E os de sempre que se ouriçam ainda mais para achar os erros que existem e persistem como a pouca criatividade para um grupo técnico, as poucas jogadas trabalhadas pelo ataque, a pouca aproximação ofensiva da equipe muito bem defendida pela sistema defensivo. Mas os elogios passam batido. Mais fácil upar na pauta para inventar crises ou críticas que não se sustentam.
Scarpa entrou e fez o gol da vitória em frango e depois pouco mais fez porque saiu lesionado. E quase nada produziu o Palmeiras que fez pouco mais que o suficiente. E pelo saldo de gols fez mais do que todos.
Mas se pode pedir mais. Não é demais. Melhor campanha de Libertadores compara laranjas com bananas. O mata-mata é pra longe. É outro torneio. Só não é outra cobrança que essa chega todo dia ao Allianz Parque.