Claudiomiro, o Bigorna, morreu na sexta-feira. Primeiro a fazer um gol na inauguração do Beira-Rio, em 1969. Maior artilheiro colorado desde então (210 gols), terceiro maior goleador do Inter. No clássico em que o Inter o homeneageou de luto, e com o terceiro uniforme cinza "da cor do cimento" que o fez irreconhecível, as duas camisas ficaram mais parecidas do que se fossem vermelhas e verdes. Tanto que o Palmeiras voltou de branco para a segunda etapa. E seguiu muito perigoso em um jogo que terminou sem gols por méritos de um Palmeiras que não spfre gols há 9 jogos contra um Inter que não leva há 6 partidas. E que, no caso, talvez tenha ficado mesmo no zero em homenagem involuntária a Claudiomiro. Aquele que fez o primeiro gol no Beira-Rio num cruzamento de Valdomiro. Rima que era seleção e que chegou até a vestir a camisa amarela de tanto que fizeram com a vermelha e com a branca que agora virou cinza.
Mas quem foi melhor e criou mais oportunidades em Porto Alegre foi o aniversariante Palmeiras. Foi bem melhor até 40 do primeiro tempo com apenas Weverton (que não quis sair mesmo depois de ser atendido três vezes pelo médico, e uma delas com ele mesmo pedindo a troca) e Moisés (de ótima partida, inclusive sem a bola, como mais uma vez foram muito bem Thiago Santos, Gómez e Luan, e o surpreendentemente disposto Lucas Lima). Um pouco mais de capricho nas finalizações poderia ter feito a diferença. Como fez Deyverson até fora da área, com belos toques de calcanhar.
Na segunda etapa, as trocas de Odair fizeram o Inter sair mais e melhor para o jogo. Mas quem foi mais eficiente no contragolpe foi o time de Felipão, com seu futebol mais produtivo. E cada vez melhor. Criou 7 chances e condeceu apenas 3 contra o Colorado em 90 minutos. Partida para servir de exemplo para o Palmeiras até o final do ano, e para alertar o Inter das durezas do front único no BR-18.