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Meus heróis da Academia que é rima e é seleção

Meus heróis da Academia que é rima e é seleção

Se eu soubesse de vida o que sei o que são pra minha LeãoEuricoLuísPereiraAlfredoEZecaDuduEAdemirDaGuiaEduLeivinhaCésarENei, todo o ano seria 1972. Multicampeão. De tudo. Por todos.

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Minhas primeiras lembranças sólidas são de 1972. Meu primeiro ano na escola. Primeira festa de aniversário com guaraná que lembro. Na véspera do primeiro título que recordo. Paulista. Contra o São Paulo. Ambos invictos. 3 de setembro de 1972. Primeiro time de botão da vida para compensar não ter visto o primeiro jogo no estádio, o do título brasileiro de 1972. 22 de dezembro.

Cresci palmeirense também por crescer torcendo pela Segunda Academia. Seis titulares que seriam convocados e mal aproveitados por Zagallo na Copa-74. Onze titulares eternos da nossa escalação que era rima e seleção. Decorada até pelos rivais que não conseguiam furar a defesa, e tomavam quantos gols Ademir da Guia quisesse. Ele ditando os rumos, ritmos e tempos em todos os campos. Era esquadrão que goleava por 1 a 0. O time até queria mais gols e velocidade. Mas Brandão no banco, Ademir em campo, guias da Segunda Academia, eram senhores do tempo. Escola de bola que ensina como a nossa sina e sanha campeã.

Dudu e Ademir da Guia, cabeça e coração da Primeira e da Segunda Academia

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Nenhum Palmeiras será mais Palmeiras que esses caras reunidos na Academia 45 anos depois. Tudo que sou devo a eles. Mesmo. Como palmeirense há 50 anos que me levou ao jornalismo esportivo há 27 que me levou a embaixador do centenário há três e escritor há 11 e diretor de filmes há 6 e outras coisas que fiz e farei pelo Palmeiras.

Não pude ir ao banquete de aniversário. Minha retina descolou depois dos 4 x 2 x 1942. Mas, mesmo operada, ela guarda nos olhos a minha vida de alegria pela Academia. Por esses senhores perfilados como se ainda fossem o que no fundo da minha retina esgarçada e rompida eu ainda os vejo.

Meus heróis.

Não preciso de Super Homem, Homem de Ferro, Capitão não-sei-onde, Homem não-sei-que-bicho. Marcel, DC Comics, com todo o respeito, eu torço por esta liga da justiça. Divina como Ademir. Escola como Academia. Campeã como Palmeiras.