O Mineirão, palco da partida que pode garantir o 12ª título do Campeonato Brasileiro ao Palmeiras, possui grande importância para a história do Verdão. No dia 7 de setembro de 1965, o clube representou a Seleção Brasileira e venceu o Uruguai, por 3 a 0, na disputa da Taça Independência, que marcou a abertura do estádio.
Na ocasião, pela primeira vez no cenário do futebol nacional, uma equipe foi convidada para compor toda a delegação do Brasil. Entre comissão técnica, titulares e reservas, a Primeira Academia, na época campeã do Torneio Rio-São Paulo em 1965, vestiu a Amarelinha e goleou a Seleção do Uruguai por 3 a 0, com gols de Rinaldo, Tupãzinho e Germano.
Além do prestígio, o jogo valeu a Taça Independência, dado ao Verdão após o duelo. Para o historiador Ezequiel Filho, especialista na história do Palmeiras, em entrevista ao NOSSO PALESTRA, o evento de representar a Seleção e a taça possuem significativa importância na história palestrina.
– O convite existiu pela qualidade do futebol apresentado pelo Palmeiras, que havia sido campeão do Torneio Rio-São Paulo em 1965, mostrando um futebol exuberante. Pelo futebol apresentado, o clube passou a ser chamado de Academia e o convite foi ápice dessa geração, nada mais significativo que representar o Brasil em um jogo oficial – afirma Ezequiel.
– A qualidade do adversário valorizou muito a conquista do Palmeiras. O Uruguiai liderava o seu grupo nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1966 e tinha jogadores como Luis Alberto Varela, Omar Caetano, Jorge Manicera, Orlando Virgili, Héctor Silva, que depois atuou no Palmeiras, e tantos outros. A vitória e a conquista têm um peso de título de muito importante – acrescenta o historiador.
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A equipe que entrou em campo foi: Valdir de Moraes (Picasso); Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar Carabina (Procópio) e Ferrari; Dudu (Zequinha) e Ademir da Guia; Julinho (Germano), Servílio, Tupãzinho (Ademar Pantera) e Rinaldo (Dario). O técnico foi o argentino Filpo Núñez, que se tornou o segundo estrangeiro a dirigir a Seleção Brasileira – o primeiro foi o uruguaio Ramón Platero, em 1925.
A taça, entregue ao fim do jogo, ficou por mais de duas décadas em exposição no Museu do Mineirão, ou seja, sem a tutela do Palmeiras. O clube palestrino foi avisado apenas duas décadas mais tarde, e, desde 1988, está exposta na Sala de Troféus palmeirense.
– O troféu ficou guardado por 23 anos no Museu do Mineirão. Só em 1988 que o pessoal de Belo Horizonte ligou para o Palmeiras informando que o troféu estava lá. Retiramos a taça de lá e atualmente ela se encontra exposta na nossa sala de troféus – relembra.
Palmeiras e Cruzeiro duelam nesta quarta-feira (06) às 21h30 (de Brasília), em Belo Horizonte, pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com 69 pontos, três de vantagem do Atlético-MG e Flamengo, a equipe pode vencer ou empatar para ser campeão sem depender de outros resultados. Em caso de derrota, os rivais precisam tirar o saldo de gols, que hoje é de oito e 16, respectivamente.