Mineiro, cruzeirense e amuleto do Verdão: conheça Marcelo Pedroso, o 'homem do piso'

O hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte, tem 26 anos de existência. Símbolo da cidade, ainda hoje ostenta o posto ‘único hotel 5 estrelas da capital mineira’, e também é casa de personagens muito curiosos. Após algumas voltinhas pelas dependências dos 25 andares do empreendimento, a reportagem do NOSSO PALESTRA se encontrou com um homem grisalho, bem magro, cara fechada, mas que parecia ser um baú de boas histórias.

Papo vai, papo vem, ele perguntou sobre o Palmeiras – não à toa, o hotel estava tomado por torcedores usando camisas, bonés e adereços do Verdão, bem como este que escreve esse texto. Ele mal esperou o fim de nossa explicação sobre quem éramos e o que fazíamos, e já emendou sua primeira boa experiência com o Maior Campeão do Brasil: “Eu lembro o que aconteceu no ano passado, estava trabalhando quando eles (o elenco palmeirense) dormiram aqui (no hotel)”.

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Quando perguntado sobre o tempo de casa, ele logo ri ao dizer ser mais tempo do que “você tem de vida”. Era um claro exagero, afinal já estou próximo dos 30 anos. Ele tem 7 anos de hotel, 35 de profissão. O que logo chama a atenção, afinal existem passagens marcantes no passado recente do Verdão por Minas Gerais. 2021 e 2016 são exemplos infalíveis. Dias e conquistas que foram fundamentais para a série de títulos que viveu o Palmeiras.

Ele também se lembra de 2016. Ao pensar na data, pergunta: “tinha aquele menino que agora joga na Seleção, não tinha”. Respondo que sim, em referência a Gabriel Jesus, o que anima Marcelo, reavivando as memórias daquele dia: “Lembro sim, estive com eles também. Não com eles, porque nunca cheguei perto de um jogador, mas sabia que eles estavam hospedados, via subirem e voltarem pelos elevadores, e sempre tinha alguma coisa pra eu arrumar num quarto de jogador”.

Marcelo se identifica como o ‘homem do piso’, apelido que ganhou antes de trabalhar no atual emprego, mas quando era o responsável por arrumar os tacos de madeira que empenavam, nas palavras ditas por ele. Hoje, ele é um grande faz-tudo, arrumando problemas, manutenções e demais demandas que surjam, inclusive conviver mais uma vez com o Palmeiras, por quem simpatiza, ainda que sua paixão seja o Cruzeiro.