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Moisés, um 10 que joga pelos 10

Moisés bateu o pênalti que só aconteceu porque ele jogou depois de cinco meses muito mais do que muitos que pouco jogaram desde então. Moisés bateu o pênalti arrastando a perna como Bruno Henrique também errou o dele pelo mesmo motivo. Palmeiras que perdeu Mina com um dedo quebrado no primeiro tempo e por mais três meses. Perdeu Dudu no segundo tempo por um músculo ferido e por mais um mês. Palmeiras que também perdeu nos pênaltis por não ter Jean e Róger Guedes para cobrar. Até Borja que também bate. Até o artilheiro de 2017 Willian também lesionado. E que quase perdeu Jailson que defendeu o pênalti e saiu arrastando a perna machucada, que o fará ficar um mês fora.

Pareciam 11 Moisés lesioanados por cinco meses. Mas poucos pareceram como Moisés em 45 minutos. Não muitos em 102 anos jogaram o que ele jogou e se jogou pelo Palmeiras. Poucas vezes me senti tão feliz e orgulhoso de um camisa 10 como Moisés passou a bola para Dudu que esperou o profeta chegar na área, limpar o lance e marcar o belo gol que levou a esse pênalti que cobrou e marcou.

Depois Egídio… Antes Deyverson… E tudo se compreende e justifica. Não é pra caçar bruxas e bagres. É para enaltecer o retorno do melhor jogador do BR-16. De pés verticais, mãos laterais, cabeça privilegiada e coração que bate e nos joga lá dentro da área.

Tem quem desmerece. Mas esse é um cara que merecia a festa do gol da volta. E a classificação que o Palmeiras não mereceu.

Moisés reabre o caminho para um novo velho Palmeiras.