(Foto: Cesar Greco/Ag.Palmeiras/Divulgação)
Um time com mais posse de bola, com paciência na criação das jogadas, de constante movimentação e triangulação. Esse era, e ainda é, o objetivo a ser trabalhado pela nova comissão técnica alviverde, comandada por Mano Menezes.
Os números dos últimos jogos, no entanto, mostram um Palmeiras recorrentes nos erros cometidos ao longo da temporada, principalmente em partidas consideradas "grandes".
Nos dois últimos duelos, o Verdão alçou 71 bolas na área. Foram 58 cruzamentos errados, que mostram a afobação de um time pouco criativo e de poucas ideias. Contra o Santos, o meia Gustavo Scarpa, responsável pela criação das jogadas, errou todos os sete cruzamentos que tentou. No duelo contra o Galo, no abafa para conseguir o resultado, Dudu cometeu 17 erros nesse tipo de jogada.
Ainda sob o comando de Felipão, no confronto contra o Grêmio, que resultou na eliminação do Palmeiras da Copa Libertadores, a equipe tentou por 25 oportunidades cruzar a bola na área visando o empate, errando em 18 oportunidades.
Outra questão que se mostra longe de ser resolvida é a posse de bola. Na derrota por 3×0 para o Flamengo, a equipe então dirigida por Scolari teve apenas 39,84 % de posse de bola. No confronto de ontem, na Vila, o número foi bem parecido: 39% de posse alviverde contra 61% do Santos. Em ambas as partidas, o Palmeiras praticamente não finalizou (cinco finalizações certas contra o Santos e nenhuma contra o Flamengo).
Mais do que a constante troca no comando técnico, talvez seja o momento de repensar o estilo de jogadores que devem compor uma equipe que pretende ser mais criativa e menos pragmática. Os treinamentos realizados pela nova comissão mostram um trabalho extensivo no intuito de corrigir esses erros e criar uma nova alternativa de jogo.
Só que isso pode não ser o suficiente.