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Mulher, hoje é seu dia, mas há meses o Palmeiras não jogava assim!

Mulher, hoje é seu dia, mas há meses o Palmeiras não jogava assim!

⁃ Eu quero morar no primeiro tempo!

Meu amigo Leandro não se continha depois dos 2 a 0. Não adiantava tentar diminuir o papo com os amigos no Allianz Parque para encontrar a mulher no Dia dela.

– Agora é chegar em casa e falar pra patroa: “Hoje é seu dia, amor. Mas eu preciso rever o primeiro tempo do Choque-Rei.

Jefferson tentava manter os pés no chão para a gente não ser o que não somos: achar que não tem pra ninguém. E nem ser o que somos: depois de perder para o São Caetano ninguém mais prestava.

⁃ É isso! O primeiro tempo poderia ser como o filme “O Feitiço do Tempo”, com o Bill Murray. Todo dia ele acorda no Dia da Marmota. Refaz as mesmas coisas. Eu toparia todo dia refazer o primeiro tempo de hoje. Mas não como Dia da Marmota, o Groundhog Day. Mas como Dia do Porco!

Com o espírito de porco. A alma de periquito. Jogando muito e não deixando o adversário jogar. Encantando como o Dudu. Mandando como o Felipe Melo. Matando a bola e o jogo como o Lucas Lima.

⁃ Jogando como o Victor Luís esta noite! Eu não vi o Geraldo Scotto jogar na lateral-esquerda, mas hoje o VL jogou como ele, de certo!

Foi o comentário comedido do Marcelo. Ele também corrobora a ideia do Jefferson ao chegar em casa. Dele e de todos os palmeirenses depois dos 2 a 0 que poderiam ser mais do que os 5 a 0 de 1965 da Primeira Academia contra o São Paulo.

⁃ Hoje é dia para deixar claro para o nosso amor: “mulher, hoje é seu dia, eu não te vi o dia todo. Mas há anos eu não via o Palmeiras jogar assim… Vou ver de novo o primeiro tempo!

Ela vai entender. Isso é amor. Isso é Palmeiras. Algo que a gente não entende. Lindo como o primeiro tempo. Maduro como o segundo. E espero que mais vezes seja assim. Regando todo dia nossa esperança. Cheio de flores para quem a gente ama. Tirando os espinhos da frente. Torço para que o Palmeiras tenha convicção de que ainda está longe do ponto ideal. Mas está no caminho. No propósito. Este é um jogo que a gente não quer que acabe. E que comece sempre de novo desse jeito.

E chega de textão que preciso rever o primeiro tempo. E aquela matada na lateral do Lucas Lima.

Te amo, linda. Te amo, Palmeiras.