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Nada supera o amor do Dorival pelo Palmeiras

Nada supera o amor do Dorival pelo Palmeiras

Não é só futebol. Frase clichê mas extremamente verdadeira e é tudo o que o seu Dorival representa. Aos 63 anos de idade e com o diagnóstico de paralisia cerebral, ele nunca tinha ido ao Allianz Parque. Contra o Colo-Colo ele foi e viu de perto a classificação para a semifinal da Copa Libertadores da América.
Ele está na Instituição Cotolengo, em Cotia, desde 1970 e não há registro de visitas de familiares ou conhecidos. A companhia do seu Dorival é um radinho. O mesmo radinho em que ele ouve Guns N Roses, ele também ouve o Palmeiras jogar. A família do Dorival é a família Palmeiras. A família que corneta, que se abraça, se cuida, se protege, se desentende mas que sempre se mantém unida.
Aos 36 minutos do primeiro tempo, o jogador preferido do Dorival, Dudu, deu de presente para ele comemorar aquele golaço. Aos 7 do segundo tempo, foi a vez do artilheiro da Libertadores dar à ele a explosão maior.
A atuação dentro de campo foi completa, mas a emoção maior estava nas arquibancadas fazendo a festa, comemorando a classificação do Palmeiras e apoiando o time que sempre deu forças para ele seguir em frente.
Com os olhos cheios de lágrimas e o coração abarrotado de emoção, seu Dorival mostra tudo aquilo que o palmeirense, em si, é. Apaixonado.
Quando está feliz, ele não se aguenta sentado na cadeira de rodas e pula para abraçar quem deu a felicidade para ele. Foi assim quando teve a notícia que iria para o Allianz Parque e foi assim que ele reagiu quando viu o ídolo Zé Roberto.
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Toda a limitação física que ele tem, não é nada perto do amor que ele sente pelo Palmeiras. Não é nada perto do que o Palmeiras é para ele. Não é nada perto do que o futebol é. Muito mais do que um jogo.
Com a mesma bravura que o time do Palmeiras supera cada dificuldade em campo, o Dorival se supera a cada dia. Cada impasse, cada desafio é o combustível para ele seguir feliz e sempre ao lado do Palmeiras. E, para o Palmeiras, o Dorival é a combustão para ir atrás de coisas como ele: gigantes.
Então, eu peço: quando não tiverem pelo que lutar ou pelo que jogar, lutem e joguem por ele. Porque ele está com vocês a cada segundo, com o radinho no ouvido, alternando o bom do rock com o bom do futebol.