Jogamos mal e (não) porcamente na Vila Belmiro contra um ótimo Santos – mas mais desfalcado e limitado que o campeão de 2018 que manteve a base vencedora. Mas que voltou a jogar, marcar, correr e buscar pouco desde a parada continental. Sem espírito de porco. Sem a alma que há um ano celebrávamos como mais uma vez campeã. Com 14 escalações alternativas em 38 rodadas na espetacular recuperação do deca. Sem perder com o Felipão que já perdemos. Mesmo fazendo mais pontos a esta altura do campeonato que em 2018.
O problema maior palmeirense são as muitas soluções dos titulares do Flamengo. Mas o mérito não é só rubro-negro. Tem as digitais alviverdes nas muitas verdinhas gastas em Carlos Eduardo. O Ricardo Goulart que não pôde ficar. O Ramires que mal pôde estrear. Deyverson e Borja que não foram negociados. Henrique Dourado que foi negociado e ainda não se sabe como vai ser. Gente importante que caiu de produção. Gente que se acha mais importante do que a bola e que não joga o básico.
Tem muito campeonato pela frente. Mas o Palmeiras parece encurtar as chances a cada jogo em que pouco cria chances de gol. A cada partida em que pouco se aproxima o time em campo, ainda mais se distancia da torcida com cercos ao Allianz Parque, preços acima da média nas cadeiras, práticas nem sempre próximas do que é o espírito e o respeito palmeirense.
Tem muita coisa para mudar para 2020. Ainda mais se não mudar o desempenho em 2019. Só que esse planejamento que deu errado e/ou foi errado nesta temporada precisa ser bolado e discutido fora de campo. Lá dentro é preciso ainda suar e saber sofrer. E secar Flamengo. E Santos.
Mais alguém para torcer contra?
Tem mais para cornetar. Mas é hora de enfiar o trombone do aporcalipse na sacola e ter um saco decacampeão para não extrapolar e desafinar e nem desafiar o coro dos descontentes.